sábado, 12 de fevereiro de 2022

Tradições orais dos católicos romanos são a verdade?

Dois argumentos contrários.

1 – Os patrísticos não são superiores aos apóstolos, é mais confiável ficar com o que os apóstolos deixaram, estes trazem o fundamento doutrinário confiável.

Efésios 2.20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;

Efésios 3.5 O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;

OBS: O dom de profecia era a capacidade de revelar a doutrina no período que o novo testamento estava sendo escrito, até que o cânon estivesse revelado.

Efésios 4.11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

Alguns receberam dons proféticos de revelação pois era necessário, um grupo fechado recebeu o de Apostolo, e, alguns, dons de liderança, para servir às igrejas na obra do ministério, mas o fundamento nunca foi outro, senão Jesus e em segundo lugar, os apóstolos (Temporariamente) e depois os profetas (Temporariamente).

Não somos baseados nos pais da igreja, mas neste fundamento que se encontra na bíblia.

2 – As cartas do novo testamento foram escritas no geral, para responder e sanar questões de hereges, falsos profetas e confusões. Paulo escreve aos gálatas assustado, como rapidamente eles abraçavam mentiras:

Gálatas 1.6 Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;

Estar perto dos Apóstolos, não é garantia de preservar boa teologia e tradição, proximidade temporal é argumento fraco.

Outro exemplo:

2 Co.1 É ESTA a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra.

2 Já anteriormente o disse, e segunda vez o digo como quando estava presente; mas agora, estando ausente, o escrevo aos que antes pecaram e a todos os mais, que, se outra vez for, não lhes perdoarei;

3 Visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso entre vós.



- Os católicos acreditam que são a continuidade da igreja verdadeira, mas nada vemos senão o romanismo argumentando em favor próprio quando a própria escritura reprova suas práticas e lógica.

A escritura é a revelação segura que temos. O que Deus queria que tivéssemos acesso, é o que encontramos nas escrituras.

Acerca do Sola Scriptura (Resumo)

João 5.39 Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;

Segundo João, Jesus falou aos escribas que o velho testamento testifica dele, a vida eterna se encontra ao ler o antigo testamento, quando se lê sabendo que o VT testifica de Jesus.

João 17:3 : E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Atos 13:48 : E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.

I João 2:25 : E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.

I João 5:11 : E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.

I João 5:13 : Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.

I João 5:20 : E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

1Timoteo 4.13 Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.

Paulo insiste em mandar seu discípulo a ler e ensinar o VT e equipara seu ensino em igual autoridade. Autoridade esta eu a ICAR NÃO tem e adoraria te fazer crer que tem.

Estes documentos e cartas que estavam sendo escritos e possuíam autoridade diante da igreja.

Não somos salvos pela bíblia, apenas encontramos salvação através dela.

I João 1:2 : (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada);

Nossa salvação esta unicamente no que Cristo fez na Cruz.

Ef 2.8 Somos salvos pela graça.

Rm 3.24-26 Pela fé.

2 Co 5.21 Nele somos feitos justiça.

1 Co 15.17 O fundamento de nossa fé é que Cristo ressuscitou, e é vã a vossa fé, se isto não for real.

Como os cristãos veem o texto bíblico?

Nós dependemos da revelação da escritura, do texto inspirado, para entender a vontade de Deus, e não de alguma situação louca e mística.

Por muito tempo Deus falou várias vezes e de diversas maneiras a nossos antepassados por meio dos profetas.

E agora, nestes últimos dias, ele nos falou por meio do Filho, o qual ele designou como herdeiro de todas as coisas e por meio de quem criou o universo. O Filho irradia a glória de Deus, expressa de forma exata o que Deus é e, com sua palavra poderosa, sustenta todas as coisas. Depois de nos purificar de nossos pecados, sentou-se no lugar de honra à direita do Deus majestoso no céu, o que revela que o Filho é muito superior aos anjos, e o nome que ele herdou, superior ao nome deles. Hebreus 1:1-4

Cremos que Jesus é a revelação suprema, o ápice daquilo que Deus podia dar a humanidade. O registro de tudo isto é o livro. Mas nós não somos adoradores de um livro, mas do Deus que este livro fala. Não nos prostramos ao livro, nem ao pão da ceia. Quando nos ajoelhamos é a Deus em espírito, por meio da nossa fé.

Ricardo Bruno Santos Silva.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

RESUMO CRÍTICO EBOOK: O que é Teologia Reformada?

AUTOR: James Montgomery Boice. (1938-2000) 

Foi pastor da Tenth Presbyterian Church of Philadelphia por mais de 30 anos, e fundador da Aliança de Evangélicos Confessionais e da Conferência Filadélfia de Teologia Reformada.

Os principais pontos deste e-book são:

(1). A suficiência das Escrituras significa que elas não precisam de ser complementadas por uma revelação especial nova ou em curso. A Bíblia é o guia completamente suficiente para a nossa maneira de pensar e sobre como devemos viver como Cristãos. Essa convicção deu aos crentes Reformados a coragem de portarem-se contra a tirania e fez com que a teologia Reformada se tornasse uma força revolucionária na sociedade.

(2). Para a maioria do povo Reformado o principal e mais distintivo artigo do credo é a soberania de Deus. Soberania significa governo, e a soberania de Deus significa que Deus governa Sua criação com poder e autoridade absolutos. Ele determina o que acontecerá, e isto acontece. Deus não está alarmado, frustrado ou derrotado pelas circunstâncias, pelo pecado, ou pela rebelião de Suas criaturas.

(3). A teologia Reformada enfatiza as Doutrinas da Graça, mais conhecidas pelo acrônimo TULIP, são elas: Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível, Perseverança de Deus com os santos.

(4). Primeiro, somos chamados a conviver no mundo e não para nos retiramos dele. Isso leva os crentes Reformados para longe do monasticismo. Em segundo lugar, que devemos alimentar os famintos, vestir os nus e visitar o prisioneiro. Contudo, as principais necessidades das pessoas ainda são as espirituais, e o trabalho social não é um substituto adequado para o Evangelismo. Na verdade, os esforços para ajudar as pessoas só serão verdadeiramente eficazes à medida que seus corações e mentes forem mudados pelo Evangelho.

Minha crítica pessoal sobre a obra é a constatação que é pelo fato de Deus fazer a obra que podemos ser ousados para fazer o que Ele nos manda fazer. Fazemo-lo com alegria, sabendo que nossos esforços não serão em vão.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

EBOOK: VIGIAI!

AUTORES: Esta publicação é uma compilação do Sermão Nº 996, O Alarme, por C. H. Spurgeon,e o artigo, Óleo na Vasilha, por A. W. Pink.

Ambos pastores batistas acreditam e pregam o evangelho da liberdade e graça soberana de Deus na salvação dos pecadores, e enfatiza os ensinos distintivos dos batistas.

Os principais pontos deste e-book são 3: (1). Devemos estar totalmente acordados quando envolvidos em ação de graças particulares, e louvores. A música deve ser cheia de alegria viva. Spurgeon comenta que já ouviu o discurso a respeito da oração privada, mas muito raramente do louvor privado, e citando vários textos bíblicos, ele enfatiza o dever de estar totalmente ativo e alegre no louvor. Ele comenta que louvores tão frios pedem a Deus para rejeitá-los; louvores frios são uma espécie de semi-blasfêmia, eles dizem algo como: “Tu não és digno de ser louvado fervorosamente, ó Deus, nós trazemos a Ti esses louvores pobres, eles são bons o suficiente para Ti”.

(2) Ele alerta para fazermos parte de um ministério despertado, e orar a Deus para fazer do ministro que você agora ouve mais e mais um ministro despertador de sua própria alma. Ai do acampamento onde a sentinela é dada ao sono! E orar para que os ímpios despertem e sejam convertidos.

(3) Afirma também que nenhum Cristão está completa e perfeitamente curado da doença do pecado nesta vida, mas ele é liberto dos mais temíveis efeitos fatais dele, e é neste ponto que você deve examinar a si mesmo. Somos inimigos contra Deus, amamos ao pecado e somos idolatras de si mesmo ou outra coisa? Teste-se por essas coisas. Você ainda odeia a Deus? Se assim for, você lamentaria porque O ama tão debilmente!? Você ainda ama o pecado? Se assim for, por que você sofre com as operações dele!? O eu é agora seu ídolo? Se assim for, por que você, às vezes, contraria a si mesmo!? O pecado não foi erradicado, mas suas feridas estão sendo curadas.

Minha crítica pessoal sobre a obra é a constatação que se em oração, honestamente nos medirmos, devemos ser capazes de “provar” a si mesmos (2 Coríntios. 13:5). Não é a ausência de pecado, nem a diminuição de seu poder interior, o que evidencia a regeneração, mas a presença de um princípio contrário e sagrado, que é conhecido por seus anseios e esforços espirituais.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

A Missão da Igreja

AUTOR DO LIVRO: Jeffrey D. Johnson

Jeffrey Johnson é o pastor de ensino da Grace Bible Church e o reitor acadêmico do Grace Bible Theological Seminary em Conway, Arkansas, onde reside com sua esposa, Letha, e seus quatro filhos.

Os principais pontos deste e-book são 4: (1) A natureza da igreja, foi estabelecida pelo Senhor para adorar e glorifica-lo, proclamando o Evangelho ao mundo e sendo a administradora dos meios de santificação dos santos através da sustentação e propagação da Palavra de Deus. Paulo explica em Efésios 4:9-16 que a igreja tem três objetivos distintos: (a.) manter sua unidade intrínseca em Cristo, funcionando como uma comunidade interdependente, (b.) crescer em pureza na busca da santidade pessoal e corporativa, (c.) e permanecer firme em crer e proclamar a verdade (2) A autoridade da igreja provém de Jesus e das escrituras, talvez nunca houve um tempo na história em que a igreja tenha sido tão tentada a fazer concessões teológicas. Sempre que uma igreja local dilui a verdade ou negligencia certos aspectos dela, deixando falsas novidades entrarem, para obter uma audiência maior ou por qualquer outra razão, ela perdeu o seu caminho. Em tais tempos o povo de Deus deve se apegar à verdade das escrituras, sustentar a verdade, e crescendo na verdade e no conhecimento do Senhor. (3) O propósito da igreja que não é como a teologia da missão integral defende, tendo o principal propósito, a missão de pregar o Evangelho. A única maneira de a igreja poder cumprir sua missão e avançar o reino dos céus é empunhando o poder do Evangelho (Romanos 1:16). As chaves para o reino dos céus não são a militância social e a dominação política do mundo, mas a mensagem do perdão em Jesus Cristo. (4) O culto da igreja deve ocorrer também após o culto de domingo. Em essência, não gravitamos em direção a uma experiência de adoração desconectada uma vez por semana, mas devemos ser proativos e intencionalmente fomentar um senso de comunidade entre os crentes que se estenda tanto dentro como fora das paredes do edifício da igreja.

Me chama a atenção a boa apologética deste autor, contra a heresia da missão integral, também a necessidade de focarmos em crescer em unidade, pureza e conhecimento, e nos reunirmos para comunhão, edificação mútua e instrução através da explicação e aplicação das Sagradas Escrituras.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

História da Igreja -- INTRODUÇÃO

A história da igreja , ou a história da fé cristã , começou por volta de 30 dC na Palestina com um pequeno número de judeus e prosélitos judeus, cerca de 120 segundo Atos 1:15, após a ressurreição de Jesus Cristo . No terceiro século dC, o cristianismo havia se tornado a religião dominante do mundo do norte do Mediterrâneo. Ele também ganhou extensões importantes para o leste e sul do Mediterrâneo.

Era Apostólica (30–100 dC)

O período apostólico se estende desde o Dia de Pentecostes até a morte do apóstolo João e abrange cerca de setenta anos, de 30 a 100 dC O campo de ação é a Palestina e gradualmente se estende sobre a Síria, Ásia Menor, Grécia e Itália. . Os centros mais proeminentes são Jerusalém, Antioquia e Roma, que representam respectivamente as igrejas mãe do cristianismo judaico, gentio e católico unificado. Ao lado deles estão Éfeso e Corinto. Éfeso adquiriu uma importância especial pela residência e trabalhos de João, que se fizeram sentir durante o segundo século através de Policarpo e Irineu. Samaria, Damasco, Jope, Cesaréia, Tiro, Chipre, as províncias da Ásia Menor, Trôade, Filipos, Tessalônica, Beraea, Atenas, Creta, Patmos, Malta, Puteoli, vêm também à vista como pontos onde a fé cristã foi plantada. Através do eunuco convertido por Filipe, chegou a Candace, a rainha dos etíopes. Já em 58 DC, Paulo poderia dizer: "De Jerusalém até a Ilíria, preguei o evangelho de Cristo". Depois, ele foi levado para Roma, onde já fora conhecido antes e, possivelmente, até a Espanha, a fronteira ocidental do império.

Dos Apóstolos ao Concílio de Nicéia (100–325)

"O segundo período, desde a morte do apóstolo João até o fim das perseguições, ou a ascensão de Constantino, o primeiro imperador cristão, é a era clássica da ecclesia pressa , da perseguição pagã e do martírio e heroísmo cristão. do alegre sacrifício de posses e da própria vida pela herança do Céu. Ele fornece um comentário contínuo sobre as palavras do Salvador: "Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos; Eu vim não para enviar paz na terra, mas uma espada ... "

A igreja desse período parece pobre em posses e honras terrenas, mas rica em graça celestial, em fé, amor e esperança conquistadores do mundo; impopular, até banida, odiada e perseguida, mas muito mais vigorosa e expansiva do que as filosofias da Grécia ou do império de Roma; composto principalmente de pessoas das classes sociais mais baixas, mas atraindo as mais nobres e profundas mentes da época, e trazendo em seu seio a esperança do mundo; "como desconhecido, ainda bem conhecido, como morrendo, e eis que vive"; conquistando por aparente derrota, e crescendo no sangue de seus mártires; grande em obras, maior em sofrimentos, maior em morte pela honra de Cristo e o benefício das gerações vindouras.

Primeiros Mártires

  • Estevão
  • Tiago, filho de Zebedeu (? - ca. 44)
  • Tiago, irmão de Jesus (? - 62)
  • O apóstolo Paulo (? - 65)
  • O apóstolo Pedro (? - 65)

Os Pais Apóstolicos

  • Clemente de Roma (? - ca. 98)
  • Inácio de Antioquia (? - ca. 98/110)
  • Policarpo (ca. 70 - ca.155 / 167)

 

Os apologistas

No século II, conversos convencionalmente educados começaram a produzir dois tipos de escritos que nos ajudam a entender as formas em desenvolvimento do cristianismo - obras dirigidas a uma ampla audiência de não-cristãos instruídos e obras dirigidas àqueles que se consideravam dentro da Igreja. A escrita para os não-cristãos é geralmente chamada de apologética no mesmo sentido que o discurso dado por Sócrates em sua defesa antes da assembléia ateniense é chamado de Apologia - a palavra em grego significa "discurso para a defesa" em vez da moderna denotação mais limitada de "declaração que expressa arrependimento". Osapologistas, como esses autores são conhecidos às vezes, fez uma apresentação para as classes educadas das crenças dos cristãos, muitas vezes associada a um ataque às crenças e práticas dos pagãos. Outros escritos tinham o propósito de instruir e admoestar outros cristãos.

  • Justino Mártir (ca. 114 - ca. 165)
  • Tertuliano (ca. 155-230)
  • Tatiano (110-180)
  •  

Outros escritores ante-nicenos

  • Irineu (ca. 130–202)
  • Marcion (ca. 110–160)
  • Clemente de Alexandria (? - ca. 211/216)
  • Orígenes (ca. 182 - ca. 251)
  • Cipriano (ca. 200-258)

Do Conselho de Nicéia à Queda do Império Romano (325-590)

Mudanças momentâneas ocorreram tanto na igreja quanto na estrutura política do Ocidente durante o quarto, quinto e sexto séculos. O Império Romano do Ocidente desapareceu sob os repetidos assaltos das tribos bárbaras alemãs em sua fronteira ao norte. O cristianismo, uma fé minoritária perseguida na conversão de Constantino em 312 dC, tornou-se a religião do Império no final do século. O bispo de Roma, cuja liderança na igreja havia sido primazia de honra, agora reivindicava autoridade suprema e universal em terras cristãs, e começou a fazer valer essa afirmação no Ocidente, pelo menos sobre a igreja. Na época do papa Gregório I (590-604), o colapso do Império do Ocidente deixou o bispo romano como o verdadeiro governante de grande parte da Itália central.

Figuras importantes :

  • Ambrose de Milão
  • Arius e Arianismo
  • Atanásio
  • Padres da Capadócia
  • Agostinho de Hipona
  • Basílio, o Grande
  • Constantino
  • Cirilo de Alexandria
  • João Crisóstomo
  • Eusébio de Cesaréia
  • Epifânio de Salamina
  • Jerome
  • Nestório e Nestorianismo
  • Leão, o Grande
  • Pelágio

Eventos / documentos importantes :

  • Credo dos Apóstolos
  • Credo Atanasiano
  • Primeiro Concílio de Nicéia (325) e Credo de Nicéia
  • Primeiro Conselho de Constantinopla (381)
  • Concílio de Calcedônia (451)
  • Concílio de Orange (529)
  • Segundo Concílio de Constantinopla (553)

A Igreja Medieval e o Escolasticismo (590-1517)

A Idade Média pode ser dividida em três períodos:

  • O período missionário de Gregório I. a Hildebrand ou Gregório VII., De 590 a 1073. A conversão dos bárbaros do norte. O alvorecer de uma nova civilização. A origem e o progresso do Islã . A separação do Ocidente do Oriente. Alguns subdividem este período por Carlos Magno (800), o fundador do Império Romano-Germânico.
  • O período fértil da teocracia papal de Gregório VII. para Boniface VIII., ad 1073-1294. Auge do papado, monaquismo e escolasticismo. As Cruzadas. O conflito entre o papa e o imperador. Se voltarmos à ascensão de Hildebrand, este período começa em 1049.
  • O declínio do catolicismo medieval e a preparação para o cristianismo moderno, de Bonifácio VIII. à Reforma, ad 1294-1517. O exílio papal e cisma; os conselhos reformadores; a decadência do escolasticismo; o crescimento do misticismo; o renascimento das letras e a arte da impressão; a descoberta da América; precursores do protestantismo; o alvorecer da Reforma.

Figuras importantes :

  • Anselmo
  • Boécio
  • Francisco de Assis
  • Gregório, o Grande
  • Tomás de Aquino
  • John Wycliffe
  • John Huss

Eventos / documentos / movimentos importantes :

  • Cruzadas
  • Grande cisma
    • Cláusula Filioque
  • Escolástica

A Reforma (1517–1648)

A Reforma do século XVI é, ao lado da introdução do cristianismo, o maior evento da história. Ele marca o fim da Idade Média e o começo dos tempos modernos. A partir da religião, ela deu, direta ou indiretamente, um poderoso impulso a todo movimento para a frente, e fez do protestantismo a principal força propulsora da história da civilização moderna.

Veja a página principal: Reforma Protestante

Figuras importantes :

  • Martinho Lutero
  • Huldreich Zwingli
  • João Calvino
  • Theodore Beza
  • Thomas Cranmer
  • John Owen
  • William Tyndale (e a Bíblia em inglês)
  • John Knox
  • John Huss (Huss foi martirizado em 1415, mas permanece importante para a Reforma Protestante)

Eventos / documentos importantes :

  • 95 teses
  • Anabatistas / Reforma Radical
  • jesuítas
  • Catecismo de Heidelberg
  • Trinta e nove artigos
  • Confissão de Westminster

A resposta católica romana :

  • Reforma católica
  • Inácio de Loyola
  • Teresa de Ávila
  • João da Cruz
  • Blaise Pascal
  • Concílio de Trento (1545-1563)

A Igreja do Iluminismo (1648–1789)

O Iluminismo, também conhecido como a Idade da Razão, foi uma época em que o homem começou a usar sua razão para descobrir o mundo, rejeitando a superstição e o medo do mundo medieval. O esforço para descobrir as leis naturais que governavam o universo levou a avanços científicos, políticos e sociais. Os pensadores do Iluminismo examinaram a base racional de todas as crenças e no processo rejeitaram a autoridade da igreja e do estado. Immanuel Kant expressou bem o lema do Iluminismo.

Figuras importantes :

  • Jonathan Edwards
  • George Whitefield
  • Howell Harris
  • John Wesley
  • Charles Wesley
  • George Fox
  • Augustus Toplady

Eventos / documentos / movimentos importantes :

  • O Grande Despertar (1730's)
  • Metodismo
  • Quakers
  • Unitarismo

A igreja moderna (1798-1970)

Figuras importantes :

  • CH Spurgeon
  • DL Moody
  • Friedrich Schleiermacher
  • Soren Kierkegaard
  • Karl Barth
  • Dietrich Bonhoeffer
  • Rudolf Bultmann
  • Paul Tillich
  • Benjamin Warfield
  • Wolfhart Pannenberg
  • Karl Rahner
  • Charles Hodge
  • Jürgen Moltmann
  • Emil Brunner
  • Hans Küng

Eventos / documentos / movimentos importantes :

  • Segundo Grande Despertar (1820's)
  • Liberalismo
  • Neo-Ortodoxia
  • Teologia do processo
  • Feminismo
  • Existencialismo
  • Teologia da Libertação
  • Primeiro Concílio do Vaticano (1869–1870)
  • Concílio Vaticano II (1962-1965)
  • Carismático ou pentecostalismo
  • Os fundamentos

 

Movimentos chamados de avivamentos

  • O Reavivamento da Oração (1857)
  • O reavivamento galês (1904)
  • O Despertar Missionário (1880)
  • O revival da rua de Azusa (1906)
  • O renascimento da África Oriental (1929)

A Igreja pós-moderna 

 

Referências

  • Philip Schaff, História da Igreja Cristã . 8 volumes, Hendrickson Publishers, 1985.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

O que eu perco quando perco o culto?

 


Você pode imaginar a sua vida sem culto? Você consegue imaginar a sua vida sem se reunir regularmente com o povo de Deus, para adorá-lo em conjunto? O culto corporativo é um dos grandes privilégios da vida cristã. E talvez ele seja um daqueles privilégios que, ao longo do tempo, tomemos como certo. Quando eu paro para pensar a respeito, não consigo imaginar a minha vida sem culto. Eu nem mesmo desejo pensar nisso. Mas eu acho que vale a pena considerar: O que eu perco quando eu perco o culto?


Vivemos numa cultura consumista onde temos a tendência de avaliar a vida através de meios muito egoístas. Fazemos isso com o culto. “Hoje o sermão não falou comigo. Eu simplesmente não consegui apreciar as canções que cantamos nesta manhã. A leitura da Escritura foi demasiado longa”. Quando falamos dessa maneira podemos estar dando provas de que estamos indo à igreja como consumidores, como pessoas que desejam ser servidas em vez de servir.

No entanto, o ponto primário e o propósito de cultuar a Deus é a sua glória, não a satisfação das nossas necessidades sentidas. Nós adoramos a Deus, a fim de glorificar a Deus. Deus é glorificado no nosso culto. Ele é honrado. Ele é magnificado à vista daqueles que se juntam a nós.

Dessa forma, o culto rompe completamente com a corrente do consumismo e exige que eu cultue por amor da sua glória. Tenho ouvido dizer que o culto “é a arte de perder o ego na adoração de outro”. E é exatamente este o caso. Eu esqueço de tudo sobre mim e dou toda honra e glória a Ele.

O que eu perco sem o culto? Eu perco a oportunidade de crescer através de ouvir um sermão e de experimentar alegria por meio do cântico de grandes hinos. Eu perco a oportunidade de me unir a outros cristãos em oração e para recitar grandes credos com eles. Mas, mais que isso, eu perco a oportunidade de glorificar a Deus. Se eu parar de cultuar, estarei negligenciando um meio através do qual eu posso glorificá-lo.

Você vê? O culto não é sobre você ou sobre mim. O culto é sobre Deus. E, realmente, isso muda tudo.

Quando vejo o culto como algo que, em última análise, existe para o meu bem e para a minha satisfação, fica fácil tirar um dia de folga e pensar que a minha presença não faz nenhuma diferença. Mas quando eu venho para glorificar a Deus, eu entendo que ninguém mais pode tomar o meu lugar. Deus espera o levantar das minhas mãos, o erguer do meu coração e o levantar da minha voz a Ele.

Quando vejo o culto como algo que é todo sobre mim, fica fácil pular de igreja em igreja e estar sempre à procura de algo que se ajuste melhor a mim. Mas quando eu vejo a igreja como algo que é verdadeiramente sobre Deus, me pego procurando por uma igreja mais pura e melhor em adorar do modo exato como a Bíblia ordena – Eu procuro por uma igreja através da qual eu possa glorificá-lo cada vez mais.

Sem dúvida, o culto é um privilégio. Mas também é uma exigência, uma responsabilidade. E a maior responsabilidade, bem como o maior privilégio no culto, é trazer glória a Deus.

***
Autor: Tim Challies

sexta-feira, 23 de julho de 2021

A Doutrina dos Anjos.

 RESUMO CRÍTICO

EBOOK: A Doutrina dos Anjos. de Rafael Maragno

Os 4 pontos deste e-book são: 1. A Doutrina dos Anjos na História. 2. A Existência dos Anjos. 3. Número e organização dos Anjos. 4. O serviço dos Anjos.

1.     A Doutrina dos Anjos na História.

A convicção geral era que os anjos forma criados bons, com corpos gloriosos, mas alguns abusaram da sua liberdade e caíram deste estado. O cristianismo considera impróprio prestar culto a anjos. Calamidades de várias espécies, como doenças, acidentes e perdas, muitas vezes eram atribuídas à influência danosa de espíritos maus. O racionalismo do século 18 negava a existência dos anjos e explicava o que a Bíblia ensina a respeito deles como uma espécie de parábola. Alguns teólogos liberais também distorcem a realidade bíblica.

2.     A Existência dos Anjos.

Homens como Leibnitz e Wolff, Kant e Schleiermacher, tenham admitido a possibilidade da existência do mundo angélico, e alguns deles tenham até mesmo tentando provar isso com uma argumentação racional, é evidente que a filosofia não pode provar nem a existência nem a inexistência dos anjos. Não vivemos pela fé no filosofo, mas no evangelho. Ainda encontramos no tópico 2, que os Anjos são seres criados, incorpóreos, racionais, morais, mortais e hoje existem os bons e os maus.

3.     Número e organização dos Anjos.

A Bíblia não contém nenhuma informação definida sobre o número dos anjos, mas mostra com muita clareza que constituem um poderoso exército. Conquanto os anjos não constituam um organismo, evidentemente estão organizados, aparentemente como querubins, serafins, principados, potestades, tronos, domínios e arcanjos.

4. O serviço dos Anjos.

Servem em seus louvores a Deus, Jó 38.7; Is 6.3; Sl 103.20; 148.2; Ap. 5.11. Conquanto não possamos fazer ideia de como os anjos falam e cantam na dimensão celeste. Eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da salvação, Hb 1.14. Exercem protetora vigilância sobre os crentes, Sl 34.7; 91.11, protegem os pequeninos, Mt 18.10, estão presentes na igreja, 1 Co 11.10; 1 Tm 5.21, encaminham os crentes ao seio de Abraão, Lc 16.22. A declaração de Mt 18.10 é geral demais, para provar anos da guarda, embora pareça indicar que há um grupo de anjos encarregado de cuidar das criancinhas. At 12.15 tampouco o prova, pois esta passagem mostra apenas que, naquele período, havia alguns, mesmo entre os discípulos, que acreditavam em anjos guardiões pessoais.

terça-feira, 22 de junho de 2021

RESUMO CRÍTICO EBOOK: AS DEZ VIRGENS, UMA EXPOSIÇÃO DA PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

 RESUMO CRÍTICO EBOOK: AS DEZ VIRGENS, UMA EXPOSIÇÃO DA PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS


AUTOR: Robert Murray M'Cheyne

Foi ministro na Igreja da Escócia de 1835 a 1843. Embora exercendo notável influência em vida, tornou-se ainda mais poderoso depois, por meio de seu Memoirs and Remains, editado por Andrew Bonar, que teve mais de cem edições em inglês. Alguns de seus hinos tornaram-se conhecidos e seu plano de leitura da Bíblia ainda é de uso comum.

Os principais pontos deste e-book se dão a partir da parábola das dez virgens, são eles: (1) Aqueles que são filhos de Deus, são verdadeiramente prudentes. Não apenas conhecem a Cristo e falam dele, mas praticam o que pregam e abandonaram os ídolos e erros. Não vivem de aparências e engano. Buscam se parecem com Deus. O busca e o deseja. (2) Os prudentes e os loucos desfrutam do mesmo ambiente, orações, leituras e louvores, porém o coração dos loucos está longe de Deus. Os prudentes são ensinados pelo Espírito e são habitação de Deus. (3) Cristo está, neste momento, ajuntando um povo dentre os gentios. Seus planos jamais serão frustrados. Devemos estar preparados para a volta do senhor. (4) Apenas os justos serão salvos e o destino eterno dos ímpios é a perdição.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

O trono da graça - Spurgeon

Sermão Nº 1024. Pregado na manhã do Dia do Senhor, 19 de novembro de 1871. Por C.H. Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington.

 

“O Trono da Graça.” (Hebreus 4:16)

 

Estas palavras são encontradas embutidas neste verso gracioso: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Elas são uma joia engastada em ouro; a verdadeira oração é uma aproximação da alma, através do Espírito de Deus, ao trono de Deus; não é a pronunciação de palavras. Não é somente o sentimento de desejos; é a progressão dos desejos a Deus, a aproximação espiritual de nossa natureza ao Senhor nosso Deus. A verdadeira oração não é um mero exercício mental, nem uma performance vocal, mas é muito mais profunda do que isso, é a transação espiritual com o Criador do Céu e da Terra. Deus é Espírito invisível aos olhos mortais, e apenas pode ser percebido pelo homem interior, o nosso espírito dentro de nós, gerado pelo Espírito Santo em nossa regeneração, discerne o Grande Espírito, comunga com Ele, Lhe dirige seus pedidos e recebe dEle respostas de paz. É um negócio espiritual do começo ao fim; sua intenção e objetivo final não é para o homem, mas achegar-se a Deus. Para tal oração, é necessária a obra do Espírito Santo; se a oração fosse de lábios somente, nós precisaríamos apenas da respiração em nossas narinas para orar; se a oração fosse de desejos somente, muitos excelentes desejos são facilmente sentidos, até mesmo por homens naturais; mas quando é o desejo espiritual e a comunhão espiritual do espírito humano com o Grande Espírito, o Espírito Santo deve estar presente em absoluto! Ele deve dar-lhe sua vida e poder, ou então, a verdadeira oração nunca será apresentada; a coisa oferecida a Deus usará o nome e terá a forma, mas a vida interior de oração estará muito longe disso.

 

Além disso, é claro a partir da coleção do nosso texto, que a interposição do Senhor Jesus Cristo é essencial à oração aceitável; como a oração não será verdadeiramente oração sem o Espírito de Deus, assim ela não será uma oração que prevalece sem o Filho de Deus! Ele, o grande Sumo Sacerdote que deve ir além do véu por nós; não, através de Sua Pessoa crucificada o véu deve ser inteiramente retirado! Até então, nos encontramos afastados do Deus Vivo. O homem ou a mulher que, apesar do ensino da Escritura, tenta orar sem um Salvador insulta a Divindade, e aquele que imagina que seus próprios desejos naturais, chegando diante de Deus sem estarem aspergidos com o precioso sangue serão um sacrifício aceitável diante de Deus, comete um erro! Ele não trouxe uma oferta que Deus pode aceitar mais do que se tivesse golpeado o pescoço de um cão, ou oferecido um sacrifício impuro. Operada em nós pelo Espírito, apresentada por nós, por meio do Cristo de Deus, a oração torna-se poder diante do Altíssimo, somente assim e de nenhuma outra maneira.

 

Por ordem, queridos amigos, para que eu possa despertar-vos à oração, nesta manhã, e para que suas almas possam ser levadas a aproximarem-se do trono da graça, eu propus tomar estas poucas palavras e tratá-las como Deus me habilitará. Vocês têm começado a orar; Deus começou a responder; esta semana tem sido muito memorável na história desta Igreja. Números maiores do que nunca de uma só vez vieram à frente para confessar a Cristo como nítida resposta às súplicas do povo de Deus, como se a mão do Altíssimo tivesse sido vista estendida do Céu entregando a nós as bênçãos que pedimos! Agora, vamos continuar em oração, sim, vamos reunir forças em intercessão, e quanto mais conseguirmos, mais zelosos sejamos para que tenhamos mais e mais êxito! Não nos deixemos estreitados em nossos próprios corações, uma vez que não está estreitado em nosso Deus. Este é um bom dia, e um tempo de boas novas; e vendo que temos ouvido do Rei, estou mui ansioso que devemos falar com Ele por milhares de outros, para que eles também, em resposta às nossas súplicas, possam ser trazidos para perto de Cristo. Na tentativa de explorar o texto nesta manhã, vou abordá-lo assim: Em primeiro lugar, aqui está um trono; em seguida, em segundo lugar, aqui está a graça; então vamos colocar os dois juntos, e vamos ver a graça em um trono; e colocá-los juntos em uma outra ordem, veremos a soberania manifestando a si mesma, e resplandecente em graça.

 

 

I. O texto fala de um trono: “O trono da graça”. Deus deve ser visto em oração como nosso Pai; que é o aspecto mais querido por nós, mas não devemos considerá-lO como se Ele fosse como nós somos, pois o nosso Salvador tem qualificado a expressão: “Pai Nosso”, com as palavras, “que estás no Céu”. E junto aos calcanhares deste nome condescendente, a fim de nos lembrar de que nosso Pai ainda é infinitamente superior a nós, Ele nos manda dizer: “Santificado seja o teu nome, venha o teu reino”, de modo que nosso Pai ainda deve ser considerado como um Rei. E na oração não só chegamos aos pés de nosso Pai, mas também ao trono do Grande Monarca do Universo! O Propiciatório é um trono, e não podemos esquecer disso; e a oração deve ser sempre considerada por nós como uma entrada nos tribunais da realeza do Céu; se queremos nos comportar como devem os cortesãos, na presença de uma ilustre majestade, então não estamos em perda por conhecermos o espírito correto em que devemos orar. Se na oração, chegamos a um trono, é claro que o nosso espírito deve, em primeiro lugar, ser reverente e humilde; espera-se que o assunto levado ao Rei manifeste homenagem e honra. Os orgulhosos que não reconhecem o Rei, os traidores que se rebelam contra a Soberana Vontade devem, se forem sábios, evitar qualquer aproximação ao trono. Deixe o orgulho morder o meio-fio a uma distância; deixe a traição espreitar pelos cantos, pois apenas a reverência humilde pode vir diante do Rei, quando Ele senta vestido com Suas vestes de majestade. Em nosso caso, o rei diante do qual chegamos é o mais alto de todos os monarcas, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores! Imperadores são apenas as sombras de Seu poder imperial; eles se denominam reis por direito Divino, mas que direito Divino eles têm? O senso comum ri e escarnece de suas pretensões!

 

Só o Senhor tem direito Divino, e a Ele somente o Reino pertence! Ele é o Bendito e único Soberano. Aqueles são apenas reis nominais, são levantados, e colocados pela vontade dos homens, ou pelo decreto da providência, mas Ele é, sozinho, o Senhor, o Príncipe dos reis da terra:

 

“Ele não se senta em um trono precário,

Nem permite que seja emprestado.”

 

Meu coração, não se esqueça de prostrar-se em tal presença; se Ele é tão grande, coloque a boca no pó diante dEle, pois Ele é mais poderoso do que todos os reis! Seu trono tem influência em todos os mundos! O Céu obedece alegremente; o inferno treme da Sua carranca; e a terra é obrigada a prestar-Lhe homenagem voluntária ou involuntariamente. Seu poder edifica ou destrói! Criar ou esmagar, tanto um quanto outro é muito fácil para Ele! Alma minha, certifique-se de que quando você se aproxima do Onipotente, que é como um fogo consumidor, você tire os sapatos, e adore-O com mais humildade. Além disso, Ele é o mais Santo de todos os reis; Seu trono é o grande Trono Branco, imaculado e claro como cristal. “Os céus não são puros diante dele, e aos seus anjos atribui loucura” [Jó 15:15; 4:18]; e tu, uma criatura pecadora, com que humildade deve se aproximar de Deus? Familiaridade pode haver, mas não deixe que seja ímpia; ousadia deve haver, mas não deixe que seja impertinente. E lembre-se você está na terra, e Ele nos céus; você ainda é um verme da terra, uma criatura esmagada pela traça, e Ele é o Eterno; antes que os montes nascessem Ele era Deus, e se todas as coisas criadas devem passar de novo, ainda assim Ele é o mesmo! Meus irmãos e irmãs, eu tenho medo de que não nos curvemos como deveríamos diante da Majestade Eterna; mas a partir de agora, vamos pedir ao Espírito de Deus para colocar-nos em um bom estado de espírito, para que cada uma de nossas orações seja uma aproximação reverente à infinita Majestade nas alturas.

 

Há um trono, e, portanto, em segundo lugar, devemos nos aproximar com gozo devoto; se eu me encontro favorecido pela graça Divina e estou entre aqueles benditos que frequentam Seus átrios, não hei de sentir prazer? Eu poderia estar em Sua prisão, mas eu estou diante do Seu trono; eu poderia ter sido expulso de Sua presença para sempre, mas é-me permitido aproximar-me dEle, até mesmo em Seu palácio real, em Sua câmara secreta e graciosa audiência; não hei de ser grato? Não irá a minha gratidão subir em alegria, e não hei de sentir que estou tão honrado que eu sou feito o destinatário de grandes favores quando estou autorizado a orar? Porque é que o teu semblante estava triste, ó suplicante, quando estavas diante do trono da graça? Se você estivesse diante do trono da Justiça para ser condenado por suas iniquidades, suas mãos poderiam muito bem estar em seus lombos; mas agora você está favorecido para vir diante do Rei em Suas vestes de seda de Amor, deixe seu rosto brilhar com santo gozo! Se as suas tristezas são pesadas, diga-Lhe, pois Ele pode aliviá-las; se os seus pecados são multiplicados, confesse-os, pois Ele pode perdoá-los! Ó vocês cortesãos nos salões de tal monarca, exultai, e misturem louvores com suas orações!

 

É um trono, e, portanto, em terceiro lugar, sempre que for abordado deve ser com total submissão. Não oramos a Deus para instruí-lO quanto ao que Ele deve fazer; nem por um momento devemos ter pretensão de ditar a linha do procedimento Divino. Estamos autorizados a dizer a Deus: “Assim e assim queremos ter isso”, mas temos de acrescentar cada vez mais: “Mas, vendo que somos ignorantes e podemos estar confundidos; vendo que ainda estamos na carne, e, portanto, pode ser causado por motivos carnais; não como nós queremos, mas como Tu queres”. Quem deve ditar no trono? Nenhum leal filho de Deus por um momento imagina que ele deva ocupar o lugar do Rei! Ele inclina-se diante dAquele que tem o direito de ser o Senhor de todos, e embora ele profere seu desejo sinceramente, com veemência, importunamente, e implora e pede mais uma vez, ainda assim, está cada vez mais com esta necessária ressalva: “Tua vontade seja feita, meu Senhor, e se eu pedir qualquer coisa que não está de acordo com a Tua vontade, o meu mais profundo desejo é que Tu sejas bom o suficiente para negar o Teu servo. Vou tomar isto como uma resposta verdadeira, se Tu me recusares, se eu pedir o que não parece bom aos Teus olhos”. Se fôssemos constantemente lembrados disso, eu penso que seríamos menos inclinados a pleitear determinadas solicitações diante do trono, pois sentiríamos: “Estou aqui em busca de minha própria vontade, conforto e proveito, e talvez eu possa estar solicitando aquilo que desonraria a Deus; portanto, falarei com a mais profunda submissão aos decretos Divinos”.

 

Mas, irmãos, em quarto lugar, se é um trono, este deveria ser abordado com expectativas aumentadas. Bem coloca o nosso hino:

 

“Você está vindo a um Rei,

Traga consigo grandes petições.”

Nós não nos achegamos, por assim dizer, na oração apenas ao tesouro de Deus, onde Ele distribui Seus favores aos pobres; nem chegamos à porta dos fundos da Casa da misericórdia para receber os restos quebrados, que, no entanto, é mais do que merecemos; nem para comer as migalhas que caem da mesa do Mestre, que é mais do que poderíamos reivindicar. Mas quando oramos, estamos de pé no Palácio, no chão brilhante do próprio salão de recepção do grande Rei, e, assim, estamos em um terreno vantajoso! Na oração nós estamos onde os anjos se inclinam com as faces cobertas; ali, mesmo ali onde os querubins e serafins adoram diante desse mesmo trono é que as nossas orações ascendem! E vamos nos achegar ali com pedidos atrofiados e estreitados, e com fé retraída? Não, não se vem a um rei por estar dando moedas e cabras, Ele distribui amplamente peças de ouro; Ele espalha não como homens pobres, pedaços de pão e carne ruim, mas ele faz um banquete de coisas gordurosas, de coisas gordurosas cheias de medula, de vinhos puros, bem purificados!

 

Quando o soldado de Alexandre foi perguntado sobre o que ele queria, ele não pediu pouco segundo a pequena natureza de seus próprios méritos, mas ele fez uma demanda tão forte que o tesoureiro real recusou-se a atendê-la, e levou o caso a Alexandre; e Alexandre em direito real respondeu: “Ele sabe o quão grande é Alexandre, e ele pediu a um rei; deixe-o ter o que ele pede”. Acautelai-vos, de imaginar que os pensamentos de Deus são como os vossos pensamentos, e os Seus caminhos como os vossos caminhos! Não tragam diante de Deus petições restritas e desejos estreitos, e digam: “Senhor, de acordo com estes”, mas lembrem-se, tão alto quanto o céu está acima da terra, assim estão os Seus caminhos acima dos vossos caminhos, e os Seus pensamentos acima dos vossos pensamentos. Pedi, portanto, conforme a qualidade Divina, peça grandes coisas, pois você está diante de um grande trono. Que sempre sentíssemos isso quando nos achegamos diante do trono da graça, pois, então, Ele faria por nós muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos.

 

E amado, posso acrescentar, em quinto lugar que o espírito certo para se aproximar do trono da graça é o da firme confiança. Quem duvidaria do Rei? Quem se atreve a contestar a Palavra imperial? Foi bem dito que se a integridade fossa banida dos corações de toda a humanidade, ainda deveria habitar no coração dos reis; é vergonhoso para um rei mentir! O mendigo mais pobre das ruas é desonrado por uma promessa quebrada, mas o que podemos dizer de um rei, se sua palavra não pode ser acreditada? Que vergonha para nós, se somos incrédulos diante do trono do Rei do Céu e da terra! Com o nosso Deus diante de nós em toda a Sua glória, sentado no trono da graça, se atreverá o nosso coração a dizer que desconfia dEle? Vamos imaginar ou que Ele não pode, ou que não cumprirá a Sua promessa? Banidos sejam tais pensamentos blasfemos, e se eles têm que vir, que venham sobre nós quando estamos em algum lugar nos arredores de seus domínios, se tal lugar existe, mas não em oração quando estamos em Sua presença imediata, e O contemplamos em toda a glória do Seu trono da graça! Certamente ali é o lugar para o filho confiar em seu Pai, pois o súdito leal confia em seu monarca; e, portanto, longe estejamos de ser vacilantes ou desconfiados! Firmeza de fé deve ser predominante, diante do propiciatório.

 

Apenas uma outra observação sobre este ponto, e isso é: se a oração está chegando diante do trono de Deus, ela deve sempre ser realizada com a sinceridade mais profunda, e no espírito que torna tudo real. Se você é desleal o suficiente para desprezar o Rei, pelo menos para o seu próprio bem, não O escarneça na face, e quando Ele está em Seu trono; se você ousa repetir palavras sagradas em qualquer lugar, de modo insincero, não deixe que seja no palácio de Jeová! Se uma pessoa pede uma audiência com a realeza, e, em seguida, diz: “Eu nem sei por que eu vim; eu não sei se eu tenho algo muito especial para solicitar; eu não tenho nenhum processo muito urgente a pleitear”. Ele não seria culpado por tanta loucura e baixeza? Quanto ao nosso grandioso Rei, quando ousarmos em Sua presença, que tenhamos uma incumbência ali. Como eu disse em outro domingo, vamos tomar cuidado de não brincar em oração; isso é insolência para com Deus. Se eu sou chamado a orar em público, eu não preciso ousar usar as palavras que são destinadas a agradar os ouvidos dos meus companheiros de adoração, mas tenho que perceber que eu estou falando com Deus, e que tenho negócios a tratar com o grande Senhor. E, na minha oração particular, se, quando me levanto de minha cama de manhã me ponho de joelhos e repito algumas palavras; ou quando eu me retiro para descansar à noite e passar pela mesma forma regular, eu mais peco do que faço algum bem, sem que a minha alma fale ao Altíssimo. Você acha que o Rei do Céu tem o prazer de ouvi-lo pronunciar palavras com uma língua frívola e uma mente insensata? Você não O conhece! Ele é Espírito, e os que O adoram devem adorá-lO em espírito e em verdade! Se você tiver algumas formas vazias no prato, vá e derrame nos ouvidos dos tolos como você, mas não diante do Senhor dos Exércitos!

 

Se você tem certas palavras para expressar o que você anexa a uma supersticiosa reverência, vá e as pronuncie nos tribunais espalhafatosos da prostituta Roma, mas não diante do glorioso Senhor de Sião! O Deus espiritual procura adoradores espirituais, e os tais Ele aceitará, somente os tais! Mas o sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, e apenas uma oração sincera é o Seu deleite. Amados, reúnam toda a sua atenção exatamente nisto: a oração não é ninharia; é um ato eminente e elevado; é um privilégio grande e maravilhoso. Sob o antigo império Persa a alguns da nobreza era permitido a qualquer momento vir ter com o rei, e este era considerado o mais alto privilégio possuído por mortais. Você e eu, o povo de Deus, temos uma licença, um passaporte para virmos diante do trono do Céu, a qualquer momento que quisermos, e somos encorajados a ir ali com muita ousadia! Mas, não esqueçamos que não é algo mediano ser um cortesão da corte do Céu e terra, adorar Aquele que nos fez e sustenta nossa existência. Na verdade, quando tentamos orar, podemos ouvir a Voz dizendo, desde a excelente glória: “dobre o joelho”. De todos os espíritos que veem ante face de nosso Pai que está no Céu, mesmo agora eu ouço uma voz que diz: “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra” [Salmos 95:6-7; 96:9].

 

 

II. Deixe que o resplandecer e o brilho da palavra “trono” sejam demais para a visão mortal, nosso texto agora nos presenteia com o brilho suave e gentil da encantadora palavra “GRAÇA”. Somos chamados para o trono da graça, não ao trono da Lei. O rochoso Sinai uma vez foi o trono da Lei, quando Deus veio ao Parã com 10.000 dos Seus santos. Quem desejava aproximar-se de tal trono? Nem mesmo Israel. Os limites foram estabelecidos sobre o Monte, e se, apenas um animal tocasse o Monte, seria apedrejado ou traspassado com um dardo! Ó que vocês — os hipócritas que esperam poder obedecer à Lei, e pensam que podem salvar-se por ela — olhassem para as chamas que Moisés viu, e se encolhessem trêmulos e desesperados! Nós não nos aproximamos deste trono agora, pois, através de Jesus o caso é alterado; para uma consciência purificada pelo sangue precioso não há ira sobre o trono Divino; embora às nossas mentes atribuladas:

 

“Uma vez este foi um assento de ira ardente,

E lançava chamas devoradoras.

Nosso Deus pareceu um fogo consumidor,

E Zeloso era o Seu nome.”

 

E, bendito seja Deus, não temos nesta manhã que falar sobre o trono de Justiça Final. Diante do qual todos nós iremos, e como muitos de nós temos crido, o encontraremos como sendo um trono de graça, bem como de justiça, pois, Aquele que está assentado sobre o trono não pronunciará nenhuma sentença de condenação contra o homem que é justificado pela fé.

 

Mas eu não tenho te chamado nesta manhã, para o lugar de onde a trombeta da ressurreição soará de modo estridente e claro; ainda não vemos os anjos com suas espadas vingativas saírem para ferir os inimigos de Deus; ainda não estão abertas as grandes portas do abismo do inferno para engolir os inimigos que não tem o Filho de Deus reinando sobre eles. Ainda estamos no terreno da oração, e pedindo uma reconciliação com Deus, e o trono a que estamos por vir, e do qual falamos neste momento é o trono da graça. É um trono criado propositalmente para a dispensação da graça; um trono do qual cada pronunciação é enunciação da graça. O cetro que está estendido a partir dele é o cetro de prata da graça; os decretos proclamados a partir dele são propósitos de graça; os dons que estão espalhados para baixo de seus degraus de ouro são dons da graça, e aquele que está assentado sobre o trono é a própria graça! Este é o trono da graça para a qual nos aproximamos quando oramos, e deixe-nos por um momento ou dois pensarmos sobre isso, por meio de incentivo para consolo daqueles que estão começando a orar. De fato, para todos nós que estamos orando, homens e mulheres, se em oração eu venho diante do trono da graça, então, as falhas das minhas orações serão esquecidas. No início de sua oração, queridos amigos, vocês sentir-se-ão como se vocês não orassem; os gemidos de seu espírito, quando vocês levantarem-se dos joelhos, são tais que vocês pensam que não há nada neles; e quão apagada, suja e manchada oração é! Não se preocupem, vocês não vieram ao trono de justiça, se não quando Deus percebesse a falha na oração Ele a desprezaria; suas palavras falhas, seus suspiros e gagueira estão diante de um trono da graça!

 

Quando qualquer um de nós tem apresentado a sua melhor oração diante de Deus, se nós víssemos como Deus vê, não há dúvida de que teríamos grande pranto sobre ela, pois há pecado suficiente na melhor oração que já foi feita para assegurar que seja lançada para longe de Deus! Mas não é um trono de justiça, repito, e aqui está a esperança para as nossas mancas, hesitantes súplicas. Nosso Rei condescendente não mantém um cerimonial imponente em Sua corte como o que tem sido observado em príncipes entre os homens, onde um pequeno erro ou uma falha assegurariam ao peticionário ser demitido em desgraça. Oh, não! Os clamores defeituosos de Seus filhos não são severamente criticados por Ele; o Supremo Senhor Tesoureiro do Palácio de cima, nosso Senhor Jesus Cristo, tem o cuidado de alterar e modificar cada oração antes que Ele a apresente; Ele faz a oração perfeita com a Sua perfeição, e prevalente com Seus próprios méritos. Deus olha para a oração, tal como apresentada por meio de Cristo, e perdoa todas as suas próprias falhas inerentes. Como isso deve encorajar qualquer um de nós que nos sentimos fracos, errantes e inábeis na oração! Se você não pode suplicar a Deus como por vezes você fez em anos passados??; se você se sente como se de uma forma ou de outra você tem enferrujado no trabalho de súplica, nunca desista, mas continue ainda, sim, e venha mais vezes, pois não é um trono de severas críticas, é um trono de graça ao que você veio! Então, além disso, na medida em que é um trono da graça, as falhas do próprio suplicante não impedem o sucesso de sua oração. Que falhas existem em nós! Quão inaptos estamos para chegarmos diante do trono de Deus! Nós, que estamos todos contaminados com o pecado por dentro e por fora; algum de vocês ousaria pensar em orar, se não fosse porque o trono de Deus é um trono da graça? Se eu pudesse, eu confesso que eu não o faria. Um Deus absoluta e infinitamente santo e justo, não poderia, em coerência com a Sua natureza Divina responder a qualquer oração de um pecador como eu sou, se não fosse que Ele providenciasse um plano pelo qual a minha oração chegue até Ele, já não em um trono de absoluta Justiça, mas a um trono que também é o Assento de Misericórdia, o Propiciatório, o lugar onde Deus se encontra com os pecadores na mediação de Jesus Cristo! Ah, eu não poderia dizer-lhes: “Ore”, nem mesmo para vocês santos, a menos que fosse um trono da graça!

 

Muito menos eu poderia falar de oração para vocês pecadores, mas agora eu vou dizer isso para todo pecador aqui, embora ele pense de si mesmo como o pior pecador que já viveu, clame ao Senhor e busque-O enquanto Ele pode ser encontrado! Um trono da graça é um lugar adequado para você; vá de joelhos! Por simples fé vá para o seu Salvador, pois Ele é quem é o trono da graça! É nEle que Deus é capaz de dispensar graça aos mais culpados da humanidade. Bendito seja Deus, nem as falhas da oração, nem ainda as do suplicante devem calar nossas súplicas ao Deus que Se deleita em corações quebrantados e contritos! Se é um trono da graça, então, os desejos do suplicante serão interpretados. Se eu não consigo encontrar palavras para expressar os meus desejos, Deus, em Sua graça lerá os meus desejos sem as palavras; Ele compreende os Seus santos, o significado de seus gemidos. Um trono que não fosse gracioso não poderia sensibilizar-se para interpretar as nossas petições, mas Deus, o Ser infinitamente gracioso, irá mergulhar na alma de nossos desejos, e Ele lerá ali o que nós não podemos falar com a língua. Você já viu uma mãe, quando seu filho está tentando dizer alguma coisa, e ela sabe muito bem o que o pequeno tem a dizer, e o ajuda quanto às palavras, pronunciando as sílabas para ele? E se o pequeno tem quase esquecido o que ele queria dizer, você vê a mãe sugerir a palavra, e assim o sempre bendito Espírito desde o trono da graça, nos ajudará, e nos ensinará palavras, não, escreverá em nossos corações Seus próprios desejos!

 

Temos na Escritura casos onde Deus coloca palavras na boca dos pecadores. “Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe [Oséias 14:2]: ‘Recebe-nos graciosamente e nos ame voluntariamente’”, diz Ele. Ele colocará os desejos, e colocará a expressão desses desejos em seu espírito por Sua graça; Ele direcionará os seus desejos para as coisas que você deve buscar; Ele vai ensiná-lo às suas necessidades, embora você ainda não as conheça; Ele irá sugerir-lhe Suas promessas para que você seja capaz de pleiteá-las; Ele, de fato, é o Alfa e o Ômega para as suas orações, assim como Ele é a sua salvação; como a salvação é do princípio ao fim por graça, desta forma a aproximação do pecador ao trono da graça é por graça do início ao fim!

 

Que consolo é este! Não iremos nós, meus queridos amigos, com maior ousadia aproximar-nos deste trono, como a sugar o doce significado desta preciosa Palavra de Deus: “O trono da graça”? Se é um trono da graça, então, todas as necessidades de quem vem, serão atendidas. O Rei desde tal trono não dirá: “Você deve Me trazer presentes; você deve Me oferecer sacrifícios”. Não é um trono para receber homenagem; é um trono para a distribuição de presentes! Vinde, então, vocês, os pobres como a pobreza em si! Venham, vocês que não têm méritos, e são destituídos de virtudes! Venham, vocês que são reduzidos a uma falência mendicante pela Queda de Adão e por suas próprias transgressões! Este não é o trono de majestade que se apoia pela tributação de seus súditos, mas um trono que se glorifica pelo fluxo que sai como uma fonte com torrentes de coisas boas! Venham, agora, e recebam vinho e leite, que são dados de graça, sim, vinde e comprai vinho e leite sem dinheiro e sem preço. Todas as necessidades do suplicante serão supridas, porque é um trono da graça; e assim, todas as misérias dos suplicantes receberão misericórdia! Suponha que eu venha para o trono da graça com o peso de meus pecados? Há Alguém no trono que sentiu o peso do pecado há muitas eras atrás, e não se esqueceu de seu peso. Suponha que eu venha carregado de tristeza? Há um Ser ali que conhece todos os sofrimentos a que a humanidade pode ser sujeita. Estou deprimido e angustiado? Tenho medo de que o próprio Deus me abandou? Há Alguém sobre o trono, que disse: “Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?”. É um trono de graça que se deleita em olhar para as misérias da humanidade com olhos ternos, de modo a considerá-las, e aliviá-las. Venham, então! Venham, então! Venham, então, vocês que não são apenas pobres, mas miseráveis; você cujas misérias os levaram há muito tempo para a morte, e ainda a temem. Vocês os cativos, venham em suas cadeias! Vocês escravos, venham com os ferros nas vossas almas! Vocês que jazem nas trevas, venham para fora com os olhos vendados como vocês estão; o trono da graça olhará para vocês, se vocês não podem olhar para ele, e dará a vocês o que vocês não têm nada para dar em troca e vai libertá-los, embora vocês não possam levantar um dedo para libertarem-se!