sexta-feira, 23 de julho de 2021

A Doutrina dos Anjos.

 RESUMO CRÍTICO

EBOOK: A Doutrina dos Anjos. de Rafael Maragno

Os 4 pontos deste e-book são: 1. A Doutrina dos Anjos na História. 2. A Existência dos Anjos. 3. Número e organização dos Anjos. 4. O serviço dos Anjos.

1.     A Doutrina dos Anjos na História.

A convicção geral era que os anjos forma criados bons, com corpos gloriosos, mas alguns abusaram da sua liberdade e caíram deste estado. O cristianismo considera impróprio prestar culto a anjos. Calamidades de várias espécies, como doenças, acidentes e perdas, muitas vezes eram atribuídas à influência danosa de espíritos maus. O racionalismo do século 18 negava a existência dos anjos e explicava o que a Bíblia ensina a respeito deles como uma espécie de parábola. Alguns teólogos liberais também distorcem a realidade bíblica.

2.     A Existência dos Anjos.

Homens como Leibnitz e Wolff, Kant e Schleiermacher, tenham admitido a possibilidade da existência do mundo angélico, e alguns deles tenham até mesmo tentando provar isso com uma argumentação racional, é evidente que a filosofia não pode provar nem a existência nem a inexistência dos anjos. Não vivemos pela fé no filosofo, mas no evangelho. Ainda encontramos no tópico 2, que os Anjos são seres criados, incorpóreos, racionais, morais, mortais e hoje existem os bons e os maus.

3.     Número e organização dos Anjos.

A Bíblia não contém nenhuma informação definida sobre o número dos anjos, mas mostra com muita clareza que constituem um poderoso exército. Conquanto os anjos não constituam um organismo, evidentemente estão organizados, aparentemente como querubins, serafins, principados, potestades, tronos, domínios e arcanjos.

4. O serviço dos Anjos.

Servem em seus louvores a Deus, Jó 38.7; Is 6.3; Sl 103.20; 148.2; Ap. 5.11. Conquanto não possamos fazer ideia de como os anjos falam e cantam na dimensão celeste. Eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da salvação, Hb 1.14. Exercem protetora vigilância sobre os crentes, Sl 34.7; 91.11, protegem os pequeninos, Mt 18.10, estão presentes na igreja, 1 Co 11.10; 1 Tm 5.21, encaminham os crentes ao seio de Abraão, Lc 16.22. A declaração de Mt 18.10 é geral demais, para provar anos da guarda, embora pareça indicar que há um grupo de anjos encarregado de cuidar das criancinhas. At 12.15 tampouco o prova, pois esta passagem mostra apenas que, naquele período, havia alguns, mesmo entre os discípulos, que acreditavam em anjos guardiões pessoais.

terça-feira, 22 de junho de 2021

RESUMO CRÍTICO EBOOK: AS DEZ VIRGENS, UMA EXPOSIÇÃO DA PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

 RESUMO CRÍTICO EBOOK: AS DEZ VIRGENS, UMA EXPOSIÇÃO DA PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS


AUTOR: Robert Murray M'Cheyne

Foi ministro na Igreja da Escócia de 1835 a 1843. Embora exercendo notável influência em vida, tornou-se ainda mais poderoso depois, por meio de seu Memoirs and Remains, editado por Andrew Bonar, que teve mais de cem edições em inglês. Alguns de seus hinos tornaram-se conhecidos e seu plano de leitura da Bíblia ainda é de uso comum.

Os principais pontos deste e-book se dão a partir da parábola das dez virgens, são eles: (1) Aqueles que são filhos de Deus, são verdadeiramente prudentes. Não apenas conhecem a Cristo e falam dele, mas praticam o que pregam e abandonaram os ídolos e erros. Não vivem de aparências e engano. Buscam se parecem com Deus. O busca e o deseja. (2) Os prudentes e os loucos desfrutam do mesmo ambiente, orações, leituras e louvores, porém o coração dos loucos está longe de Deus. Os prudentes são ensinados pelo Espírito e são habitação de Deus. (3) Cristo está, neste momento, ajuntando um povo dentre os gentios. Seus planos jamais serão frustrados. Devemos estar preparados para a volta do senhor. (4) Apenas os justos serão salvos e o destino eterno dos ímpios é a perdição.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

O trono da graça - Spurgeon

Sermão Nº 1024. Pregado na manhã do Dia do Senhor, 19 de novembro de 1871. Por C.H. Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington.

 

“O Trono da Graça.” (Hebreus 4:16)

 

Estas palavras são encontradas embutidas neste verso gracioso: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Elas são uma joia engastada em ouro; a verdadeira oração é uma aproximação da alma, através do Espírito de Deus, ao trono de Deus; não é a pronunciação de palavras. Não é somente o sentimento de desejos; é a progressão dos desejos a Deus, a aproximação espiritual de nossa natureza ao Senhor nosso Deus. A verdadeira oração não é um mero exercício mental, nem uma performance vocal, mas é muito mais profunda do que isso, é a transação espiritual com o Criador do Céu e da Terra. Deus é Espírito invisível aos olhos mortais, e apenas pode ser percebido pelo homem interior, o nosso espírito dentro de nós, gerado pelo Espírito Santo em nossa regeneração, discerne o Grande Espírito, comunga com Ele, Lhe dirige seus pedidos e recebe dEle respostas de paz. É um negócio espiritual do começo ao fim; sua intenção e objetivo final não é para o homem, mas achegar-se a Deus. Para tal oração, é necessária a obra do Espírito Santo; se a oração fosse de lábios somente, nós precisaríamos apenas da respiração em nossas narinas para orar; se a oração fosse de desejos somente, muitos excelentes desejos são facilmente sentidos, até mesmo por homens naturais; mas quando é o desejo espiritual e a comunhão espiritual do espírito humano com o Grande Espírito, o Espírito Santo deve estar presente em absoluto! Ele deve dar-lhe sua vida e poder, ou então, a verdadeira oração nunca será apresentada; a coisa oferecida a Deus usará o nome e terá a forma, mas a vida interior de oração estará muito longe disso.

 

Além disso, é claro a partir da coleção do nosso texto, que a interposição do Senhor Jesus Cristo é essencial à oração aceitável; como a oração não será verdadeiramente oração sem o Espírito de Deus, assim ela não será uma oração que prevalece sem o Filho de Deus! Ele, o grande Sumo Sacerdote que deve ir além do véu por nós; não, através de Sua Pessoa crucificada o véu deve ser inteiramente retirado! Até então, nos encontramos afastados do Deus Vivo. O homem ou a mulher que, apesar do ensino da Escritura, tenta orar sem um Salvador insulta a Divindade, e aquele que imagina que seus próprios desejos naturais, chegando diante de Deus sem estarem aspergidos com o precioso sangue serão um sacrifício aceitável diante de Deus, comete um erro! Ele não trouxe uma oferta que Deus pode aceitar mais do que se tivesse golpeado o pescoço de um cão, ou oferecido um sacrifício impuro. Operada em nós pelo Espírito, apresentada por nós, por meio do Cristo de Deus, a oração torna-se poder diante do Altíssimo, somente assim e de nenhuma outra maneira.

 

Por ordem, queridos amigos, para que eu possa despertar-vos à oração, nesta manhã, e para que suas almas possam ser levadas a aproximarem-se do trono da graça, eu propus tomar estas poucas palavras e tratá-las como Deus me habilitará. Vocês têm começado a orar; Deus começou a responder; esta semana tem sido muito memorável na história desta Igreja. Números maiores do que nunca de uma só vez vieram à frente para confessar a Cristo como nítida resposta às súplicas do povo de Deus, como se a mão do Altíssimo tivesse sido vista estendida do Céu entregando a nós as bênçãos que pedimos! Agora, vamos continuar em oração, sim, vamos reunir forças em intercessão, e quanto mais conseguirmos, mais zelosos sejamos para que tenhamos mais e mais êxito! Não nos deixemos estreitados em nossos próprios corações, uma vez que não está estreitado em nosso Deus. Este é um bom dia, e um tempo de boas novas; e vendo que temos ouvido do Rei, estou mui ansioso que devemos falar com Ele por milhares de outros, para que eles também, em resposta às nossas súplicas, possam ser trazidos para perto de Cristo. Na tentativa de explorar o texto nesta manhã, vou abordá-lo assim: Em primeiro lugar, aqui está um trono; em seguida, em segundo lugar, aqui está a graça; então vamos colocar os dois juntos, e vamos ver a graça em um trono; e colocá-los juntos em uma outra ordem, veremos a soberania manifestando a si mesma, e resplandecente em graça.

 

 

I. O texto fala de um trono: “O trono da graça”. Deus deve ser visto em oração como nosso Pai; que é o aspecto mais querido por nós, mas não devemos considerá-lO como se Ele fosse como nós somos, pois o nosso Salvador tem qualificado a expressão: “Pai Nosso”, com as palavras, “que estás no Céu”. E junto aos calcanhares deste nome condescendente, a fim de nos lembrar de que nosso Pai ainda é infinitamente superior a nós, Ele nos manda dizer: “Santificado seja o teu nome, venha o teu reino”, de modo que nosso Pai ainda deve ser considerado como um Rei. E na oração não só chegamos aos pés de nosso Pai, mas também ao trono do Grande Monarca do Universo! O Propiciatório é um trono, e não podemos esquecer disso; e a oração deve ser sempre considerada por nós como uma entrada nos tribunais da realeza do Céu; se queremos nos comportar como devem os cortesãos, na presença de uma ilustre majestade, então não estamos em perda por conhecermos o espírito correto em que devemos orar. Se na oração, chegamos a um trono, é claro que o nosso espírito deve, em primeiro lugar, ser reverente e humilde; espera-se que o assunto levado ao Rei manifeste homenagem e honra. Os orgulhosos que não reconhecem o Rei, os traidores que se rebelam contra a Soberana Vontade devem, se forem sábios, evitar qualquer aproximação ao trono. Deixe o orgulho morder o meio-fio a uma distância; deixe a traição espreitar pelos cantos, pois apenas a reverência humilde pode vir diante do Rei, quando Ele senta vestido com Suas vestes de majestade. Em nosso caso, o rei diante do qual chegamos é o mais alto de todos os monarcas, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores! Imperadores são apenas as sombras de Seu poder imperial; eles se denominam reis por direito Divino, mas que direito Divino eles têm? O senso comum ri e escarnece de suas pretensões!

 

Só o Senhor tem direito Divino, e a Ele somente o Reino pertence! Ele é o Bendito e único Soberano. Aqueles são apenas reis nominais, são levantados, e colocados pela vontade dos homens, ou pelo decreto da providência, mas Ele é, sozinho, o Senhor, o Príncipe dos reis da terra:

 

“Ele não se senta em um trono precário,

Nem permite que seja emprestado.”

 

Meu coração, não se esqueça de prostrar-se em tal presença; se Ele é tão grande, coloque a boca no pó diante dEle, pois Ele é mais poderoso do que todos os reis! Seu trono tem influência em todos os mundos! O Céu obedece alegremente; o inferno treme da Sua carranca; e a terra é obrigada a prestar-Lhe homenagem voluntária ou involuntariamente. Seu poder edifica ou destrói! Criar ou esmagar, tanto um quanto outro é muito fácil para Ele! Alma minha, certifique-se de que quando você se aproxima do Onipotente, que é como um fogo consumidor, você tire os sapatos, e adore-O com mais humildade. Além disso, Ele é o mais Santo de todos os reis; Seu trono é o grande Trono Branco, imaculado e claro como cristal. “Os céus não são puros diante dele, e aos seus anjos atribui loucura” [Jó 15:15; 4:18]; e tu, uma criatura pecadora, com que humildade deve se aproximar de Deus? Familiaridade pode haver, mas não deixe que seja ímpia; ousadia deve haver, mas não deixe que seja impertinente. E lembre-se você está na terra, e Ele nos céus; você ainda é um verme da terra, uma criatura esmagada pela traça, e Ele é o Eterno; antes que os montes nascessem Ele era Deus, e se todas as coisas criadas devem passar de novo, ainda assim Ele é o mesmo! Meus irmãos e irmãs, eu tenho medo de que não nos curvemos como deveríamos diante da Majestade Eterna; mas a partir de agora, vamos pedir ao Espírito de Deus para colocar-nos em um bom estado de espírito, para que cada uma de nossas orações seja uma aproximação reverente à infinita Majestade nas alturas.

 

Há um trono, e, portanto, em segundo lugar, devemos nos aproximar com gozo devoto; se eu me encontro favorecido pela graça Divina e estou entre aqueles benditos que frequentam Seus átrios, não hei de sentir prazer? Eu poderia estar em Sua prisão, mas eu estou diante do Seu trono; eu poderia ter sido expulso de Sua presença para sempre, mas é-me permitido aproximar-me dEle, até mesmo em Seu palácio real, em Sua câmara secreta e graciosa audiência; não hei de ser grato? Não irá a minha gratidão subir em alegria, e não hei de sentir que estou tão honrado que eu sou feito o destinatário de grandes favores quando estou autorizado a orar? Porque é que o teu semblante estava triste, ó suplicante, quando estavas diante do trono da graça? Se você estivesse diante do trono da Justiça para ser condenado por suas iniquidades, suas mãos poderiam muito bem estar em seus lombos; mas agora você está favorecido para vir diante do Rei em Suas vestes de seda de Amor, deixe seu rosto brilhar com santo gozo! Se as suas tristezas são pesadas, diga-Lhe, pois Ele pode aliviá-las; se os seus pecados são multiplicados, confesse-os, pois Ele pode perdoá-los! Ó vocês cortesãos nos salões de tal monarca, exultai, e misturem louvores com suas orações!

 

É um trono, e, portanto, em terceiro lugar, sempre que for abordado deve ser com total submissão. Não oramos a Deus para instruí-lO quanto ao que Ele deve fazer; nem por um momento devemos ter pretensão de ditar a linha do procedimento Divino. Estamos autorizados a dizer a Deus: “Assim e assim queremos ter isso”, mas temos de acrescentar cada vez mais: “Mas, vendo que somos ignorantes e podemos estar confundidos; vendo que ainda estamos na carne, e, portanto, pode ser causado por motivos carnais; não como nós queremos, mas como Tu queres”. Quem deve ditar no trono? Nenhum leal filho de Deus por um momento imagina que ele deva ocupar o lugar do Rei! Ele inclina-se diante dAquele que tem o direito de ser o Senhor de todos, e embora ele profere seu desejo sinceramente, com veemência, importunamente, e implora e pede mais uma vez, ainda assim, está cada vez mais com esta necessária ressalva: “Tua vontade seja feita, meu Senhor, e se eu pedir qualquer coisa que não está de acordo com a Tua vontade, o meu mais profundo desejo é que Tu sejas bom o suficiente para negar o Teu servo. Vou tomar isto como uma resposta verdadeira, se Tu me recusares, se eu pedir o que não parece bom aos Teus olhos”. Se fôssemos constantemente lembrados disso, eu penso que seríamos menos inclinados a pleitear determinadas solicitações diante do trono, pois sentiríamos: “Estou aqui em busca de minha própria vontade, conforto e proveito, e talvez eu possa estar solicitando aquilo que desonraria a Deus; portanto, falarei com a mais profunda submissão aos decretos Divinos”.

 

Mas, irmãos, em quarto lugar, se é um trono, este deveria ser abordado com expectativas aumentadas. Bem coloca o nosso hino:

 

“Você está vindo a um Rei,

Traga consigo grandes petições.”

Nós não nos achegamos, por assim dizer, na oração apenas ao tesouro de Deus, onde Ele distribui Seus favores aos pobres; nem chegamos à porta dos fundos da Casa da misericórdia para receber os restos quebrados, que, no entanto, é mais do que merecemos; nem para comer as migalhas que caem da mesa do Mestre, que é mais do que poderíamos reivindicar. Mas quando oramos, estamos de pé no Palácio, no chão brilhante do próprio salão de recepção do grande Rei, e, assim, estamos em um terreno vantajoso! Na oração nós estamos onde os anjos se inclinam com as faces cobertas; ali, mesmo ali onde os querubins e serafins adoram diante desse mesmo trono é que as nossas orações ascendem! E vamos nos achegar ali com pedidos atrofiados e estreitados, e com fé retraída? Não, não se vem a um rei por estar dando moedas e cabras, Ele distribui amplamente peças de ouro; Ele espalha não como homens pobres, pedaços de pão e carne ruim, mas ele faz um banquete de coisas gordurosas, de coisas gordurosas cheias de medula, de vinhos puros, bem purificados!

 

Quando o soldado de Alexandre foi perguntado sobre o que ele queria, ele não pediu pouco segundo a pequena natureza de seus próprios méritos, mas ele fez uma demanda tão forte que o tesoureiro real recusou-se a atendê-la, e levou o caso a Alexandre; e Alexandre em direito real respondeu: “Ele sabe o quão grande é Alexandre, e ele pediu a um rei; deixe-o ter o que ele pede”. Acautelai-vos, de imaginar que os pensamentos de Deus são como os vossos pensamentos, e os Seus caminhos como os vossos caminhos! Não tragam diante de Deus petições restritas e desejos estreitos, e digam: “Senhor, de acordo com estes”, mas lembrem-se, tão alto quanto o céu está acima da terra, assim estão os Seus caminhos acima dos vossos caminhos, e os Seus pensamentos acima dos vossos pensamentos. Pedi, portanto, conforme a qualidade Divina, peça grandes coisas, pois você está diante de um grande trono. Que sempre sentíssemos isso quando nos achegamos diante do trono da graça, pois, então, Ele faria por nós muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos.

 

E amado, posso acrescentar, em quinto lugar que o espírito certo para se aproximar do trono da graça é o da firme confiança. Quem duvidaria do Rei? Quem se atreve a contestar a Palavra imperial? Foi bem dito que se a integridade fossa banida dos corações de toda a humanidade, ainda deveria habitar no coração dos reis; é vergonhoso para um rei mentir! O mendigo mais pobre das ruas é desonrado por uma promessa quebrada, mas o que podemos dizer de um rei, se sua palavra não pode ser acreditada? Que vergonha para nós, se somos incrédulos diante do trono do Rei do Céu e da terra! Com o nosso Deus diante de nós em toda a Sua glória, sentado no trono da graça, se atreverá o nosso coração a dizer que desconfia dEle? Vamos imaginar ou que Ele não pode, ou que não cumprirá a Sua promessa? Banidos sejam tais pensamentos blasfemos, e se eles têm que vir, que venham sobre nós quando estamos em algum lugar nos arredores de seus domínios, se tal lugar existe, mas não em oração quando estamos em Sua presença imediata, e O contemplamos em toda a glória do Seu trono da graça! Certamente ali é o lugar para o filho confiar em seu Pai, pois o súdito leal confia em seu monarca; e, portanto, longe estejamos de ser vacilantes ou desconfiados! Firmeza de fé deve ser predominante, diante do propiciatório.

 

Apenas uma outra observação sobre este ponto, e isso é: se a oração está chegando diante do trono de Deus, ela deve sempre ser realizada com a sinceridade mais profunda, e no espírito que torna tudo real. Se você é desleal o suficiente para desprezar o Rei, pelo menos para o seu próprio bem, não O escarneça na face, e quando Ele está em Seu trono; se você ousa repetir palavras sagradas em qualquer lugar, de modo insincero, não deixe que seja no palácio de Jeová! Se uma pessoa pede uma audiência com a realeza, e, em seguida, diz: “Eu nem sei por que eu vim; eu não sei se eu tenho algo muito especial para solicitar; eu não tenho nenhum processo muito urgente a pleitear”. Ele não seria culpado por tanta loucura e baixeza? Quanto ao nosso grandioso Rei, quando ousarmos em Sua presença, que tenhamos uma incumbência ali. Como eu disse em outro domingo, vamos tomar cuidado de não brincar em oração; isso é insolência para com Deus. Se eu sou chamado a orar em público, eu não preciso ousar usar as palavras que são destinadas a agradar os ouvidos dos meus companheiros de adoração, mas tenho que perceber que eu estou falando com Deus, e que tenho negócios a tratar com o grande Senhor. E, na minha oração particular, se, quando me levanto de minha cama de manhã me ponho de joelhos e repito algumas palavras; ou quando eu me retiro para descansar à noite e passar pela mesma forma regular, eu mais peco do que faço algum bem, sem que a minha alma fale ao Altíssimo. Você acha que o Rei do Céu tem o prazer de ouvi-lo pronunciar palavras com uma língua frívola e uma mente insensata? Você não O conhece! Ele é Espírito, e os que O adoram devem adorá-lO em espírito e em verdade! Se você tiver algumas formas vazias no prato, vá e derrame nos ouvidos dos tolos como você, mas não diante do Senhor dos Exércitos!

 

Se você tem certas palavras para expressar o que você anexa a uma supersticiosa reverência, vá e as pronuncie nos tribunais espalhafatosos da prostituta Roma, mas não diante do glorioso Senhor de Sião! O Deus espiritual procura adoradores espirituais, e os tais Ele aceitará, somente os tais! Mas o sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, e apenas uma oração sincera é o Seu deleite. Amados, reúnam toda a sua atenção exatamente nisto: a oração não é ninharia; é um ato eminente e elevado; é um privilégio grande e maravilhoso. Sob o antigo império Persa a alguns da nobreza era permitido a qualquer momento vir ter com o rei, e este era considerado o mais alto privilégio possuído por mortais. Você e eu, o povo de Deus, temos uma licença, um passaporte para virmos diante do trono do Céu, a qualquer momento que quisermos, e somos encorajados a ir ali com muita ousadia! Mas, não esqueçamos que não é algo mediano ser um cortesão da corte do Céu e terra, adorar Aquele que nos fez e sustenta nossa existência. Na verdade, quando tentamos orar, podemos ouvir a Voz dizendo, desde a excelente glória: “dobre o joelho”. De todos os espíritos que veem ante face de nosso Pai que está no Céu, mesmo agora eu ouço uma voz que diz: “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra” [Salmos 95:6-7; 96:9].

 

 

II. Deixe que o resplandecer e o brilho da palavra “trono” sejam demais para a visão mortal, nosso texto agora nos presenteia com o brilho suave e gentil da encantadora palavra “GRAÇA”. Somos chamados para o trono da graça, não ao trono da Lei. O rochoso Sinai uma vez foi o trono da Lei, quando Deus veio ao Parã com 10.000 dos Seus santos. Quem desejava aproximar-se de tal trono? Nem mesmo Israel. Os limites foram estabelecidos sobre o Monte, e se, apenas um animal tocasse o Monte, seria apedrejado ou traspassado com um dardo! Ó que vocês — os hipócritas que esperam poder obedecer à Lei, e pensam que podem salvar-se por ela — olhassem para as chamas que Moisés viu, e se encolhessem trêmulos e desesperados! Nós não nos aproximamos deste trono agora, pois, através de Jesus o caso é alterado; para uma consciência purificada pelo sangue precioso não há ira sobre o trono Divino; embora às nossas mentes atribuladas:

 

“Uma vez este foi um assento de ira ardente,

E lançava chamas devoradoras.

Nosso Deus pareceu um fogo consumidor,

E Zeloso era o Seu nome.”

 

E, bendito seja Deus, não temos nesta manhã que falar sobre o trono de Justiça Final. Diante do qual todos nós iremos, e como muitos de nós temos crido, o encontraremos como sendo um trono de graça, bem como de justiça, pois, Aquele que está assentado sobre o trono não pronunciará nenhuma sentença de condenação contra o homem que é justificado pela fé.

 

Mas eu não tenho te chamado nesta manhã, para o lugar de onde a trombeta da ressurreição soará de modo estridente e claro; ainda não vemos os anjos com suas espadas vingativas saírem para ferir os inimigos de Deus; ainda não estão abertas as grandes portas do abismo do inferno para engolir os inimigos que não tem o Filho de Deus reinando sobre eles. Ainda estamos no terreno da oração, e pedindo uma reconciliação com Deus, e o trono a que estamos por vir, e do qual falamos neste momento é o trono da graça. É um trono criado propositalmente para a dispensação da graça; um trono do qual cada pronunciação é enunciação da graça. O cetro que está estendido a partir dele é o cetro de prata da graça; os decretos proclamados a partir dele são propósitos de graça; os dons que estão espalhados para baixo de seus degraus de ouro são dons da graça, e aquele que está assentado sobre o trono é a própria graça! Este é o trono da graça para a qual nos aproximamos quando oramos, e deixe-nos por um momento ou dois pensarmos sobre isso, por meio de incentivo para consolo daqueles que estão começando a orar. De fato, para todos nós que estamos orando, homens e mulheres, se em oração eu venho diante do trono da graça, então, as falhas das minhas orações serão esquecidas. No início de sua oração, queridos amigos, vocês sentir-se-ão como se vocês não orassem; os gemidos de seu espírito, quando vocês levantarem-se dos joelhos, são tais que vocês pensam que não há nada neles; e quão apagada, suja e manchada oração é! Não se preocupem, vocês não vieram ao trono de justiça, se não quando Deus percebesse a falha na oração Ele a desprezaria; suas palavras falhas, seus suspiros e gagueira estão diante de um trono da graça!

 

Quando qualquer um de nós tem apresentado a sua melhor oração diante de Deus, se nós víssemos como Deus vê, não há dúvida de que teríamos grande pranto sobre ela, pois há pecado suficiente na melhor oração que já foi feita para assegurar que seja lançada para longe de Deus! Mas não é um trono de justiça, repito, e aqui está a esperança para as nossas mancas, hesitantes súplicas. Nosso Rei condescendente não mantém um cerimonial imponente em Sua corte como o que tem sido observado em príncipes entre os homens, onde um pequeno erro ou uma falha assegurariam ao peticionário ser demitido em desgraça. Oh, não! Os clamores defeituosos de Seus filhos não são severamente criticados por Ele; o Supremo Senhor Tesoureiro do Palácio de cima, nosso Senhor Jesus Cristo, tem o cuidado de alterar e modificar cada oração antes que Ele a apresente; Ele faz a oração perfeita com a Sua perfeição, e prevalente com Seus próprios méritos. Deus olha para a oração, tal como apresentada por meio de Cristo, e perdoa todas as suas próprias falhas inerentes. Como isso deve encorajar qualquer um de nós que nos sentimos fracos, errantes e inábeis na oração! Se você não pode suplicar a Deus como por vezes você fez em anos passados??; se você se sente como se de uma forma ou de outra você tem enferrujado no trabalho de súplica, nunca desista, mas continue ainda, sim, e venha mais vezes, pois não é um trono de severas críticas, é um trono de graça ao que você veio! Então, além disso, na medida em que é um trono da graça, as falhas do próprio suplicante não impedem o sucesso de sua oração. Que falhas existem em nós! Quão inaptos estamos para chegarmos diante do trono de Deus! Nós, que estamos todos contaminados com o pecado por dentro e por fora; algum de vocês ousaria pensar em orar, se não fosse porque o trono de Deus é um trono da graça? Se eu pudesse, eu confesso que eu não o faria. Um Deus absoluta e infinitamente santo e justo, não poderia, em coerência com a Sua natureza Divina responder a qualquer oração de um pecador como eu sou, se não fosse que Ele providenciasse um plano pelo qual a minha oração chegue até Ele, já não em um trono de absoluta Justiça, mas a um trono que também é o Assento de Misericórdia, o Propiciatório, o lugar onde Deus se encontra com os pecadores na mediação de Jesus Cristo! Ah, eu não poderia dizer-lhes: “Ore”, nem mesmo para vocês santos, a menos que fosse um trono da graça!

 

Muito menos eu poderia falar de oração para vocês pecadores, mas agora eu vou dizer isso para todo pecador aqui, embora ele pense de si mesmo como o pior pecador que já viveu, clame ao Senhor e busque-O enquanto Ele pode ser encontrado! Um trono da graça é um lugar adequado para você; vá de joelhos! Por simples fé vá para o seu Salvador, pois Ele é quem é o trono da graça! É nEle que Deus é capaz de dispensar graça aos mais culpados da humanidade. Bendito seja Deus, nem as falhas da oração, nem ainda as do suplicante devem calar nossas súplicas ao Deus que Se deleita em corações quebrantados e contritos! Se é um trono da graça, então, os desejos do suplicante serão interpretados. Se eu não consigo encontrar palavras para expressar os meus desejos, Deus, em Sua graça lerá os meus desejos sem as palavras; Ele compreende os Seus santos, o significado de seus gemidos. Um trono que não fosse gracioso não poderia sensibilizar-se para interpretar as nossas petições, mas Deus, o Ser infinitamente gracioso, irá mergulhar na alma de nossos desejos, e Ele lerá ali o que nós não podemos falar com a língua. Você já viu uma mãe, quando seu filho está tentando dizer alguma coisa, e ela sabe muito bem o que o pequeno tem a dizer, e o ajuda quanto às palavras, pronunciando as sílabas para ele? E se o pequeno tem quase esquecido o que ele queria dizer, você vê a mãe sugerir a palavra, e assim o sempre bendito Espírito desde o trono da graça, nos ajudará, e nos ensinará palavras, não, escreverá em nossos corações Seus próprios desejos!

 

Temos na Escritura casos onde Deus coloca palavras na boca dos pecadores. “Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe [Oséias 14:2]: ‘Recebe-nos graciosamente e nos ame voluntariamente’”, diz Ele. Ele colocará os desejos, e colocará a expressão desses desejos em seu espírito por Sua graça; Ele direcionará os seus desejos para as coisas que você deve buscar; Ele vai ensiná-lo às suas necessidades, embora você ainda não as conheça; Ele irá sugerir-lhe Suas promessas para que você seja capaz de pleiteá-las; Ele, de fato, é o Alfa e o Ômega para as suas orações, assim como Ele é a sua salvação; como a salvação é do princípio ao fim por graça, desta forma a aproximação do pecador ao trono da graça é por graça do início ao fim!

 

Que consolo é este! Não iremos nós, meus queridos amigos, com maior ousadia aproximar-nos deste trono, como a sugar o doce significado desta preciosa Palavra de Deus: “O trono da graça”? Se é um trono da graça, então, todas as necessidades de quem vem, serão atendidas. O Rei desde tal trono não dirá: “Você deve Me trazer presentes; você deve Me oferecer sacrifícios”. Não é um trono para receber homenagem; é um trono para a distribuição de presentes! Vinde, então, vocês, os pobres como a pobreza em si! Venham, vocês que não têm méritos, e são destituídos de virtudes! Venham, vocês que são reduzidos a uma falência mendicante pela Queda de Adão e por suas próprias transgressões! Este não é o trono de majestade que se apoia pela tributação de seus súditos, mas um trono que se glorifica pelo fluxo que sai como uma fonte com torrentes de coisas boas! Venham, agora, e recebam vinho e leite, que são dados de graça, sim, vinde e comprai vinho e leite sem dinheiro e sem preço. Todas as necessidades do suplicante serão supridas, porque é um trono da graça; e assim, todas as misérias dos suplicantes receberão misericórdia! Suponha que eu venha para o trono da graça com o peso de meus pecados? Há Alguém no trono que sentiu o peso do pecado há muitas eras atrás, e não se esqueceu de seu peso. Suponha que eu venha carregado de tristeza? Há um Ser ali que conhece todos os sofrimentos a que a humanidade pode ser sujeita. Estou deprimido e angustiado? Tenho medo de que o próprio Deus me abandou? Há Alguém sobre o trono, que disse: “Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?”. É um trono de graça que se deleita em olhar para as misérias da humanidade com olhos ternos, de modo a considerá-las, e aliviá-las. Venham, então! Venham, então! Venham, então, vocês que não são apenas pobres, mas miseráveis; você cujas misérias os levaram há muito tempo para a morte, e ainda a temem. Vocês os cativos, venham em suas cadeias! Vocês escravos, venham com os ferros nas vossas almas! Vocês que jazem nas trevas, venham para fora com os olhos vendados como vocês estão; o trono da graça olhará para vocês, se vocês não podem olhar para ele, e dará a vocês o que vocês não têm nada para dar em troca e vai libertá-los, embora vocês não possam levantar um dedo para libertarem-se!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A ESPECIAL ORIGEM DA INSTITUIÇÃO DA IGREJA EVANGÉLICA

John Owen, é, por consenso, o mais bem conceituado teólogo puritano.

Os principais pontos deste e-book são: (1) A autoridade pela qual os apóstolos agiram na instituição da igreja, era a autoridade do próprio Cristo, agindo neles e por meio deles (2 Coríntios 1:24; 4:5). Eles confessaram ser apenas despenseiros e ministros; não senhores da fé ou obediência da igreja, mas cooperadores de seu júbilo; sim, servos de todas as igrejas por amor de Cristo. (2) A origem desta instituição de igreja é direta, imediata e somente a partir de Jesus Cristo; somente Ele é o autor, planejador e instituidor da mesma, tendo a Si mesmo como o fundamento da mesma, assim, Ele empregou seus apóstolos para atuarem sob Ele e com Ele. (3)  É verdade que eles deram os seus conselhos em casos diversos de emergências presentes, em e sobre assuntos da igreja; que deram diretrizes para a devida e ordenada prática do que fora revelado a eles, e exerceram autoridade quanto à ordenação de oficiais, e rejeição de pecadores obstinados da comunidade de todas as igrejas. Todavia inventar, planejar, instituir, ou nomear qualquer coisa na igreja e em sua instituição, a qual eles não haviam recebido por revelação imediata de Cristo, eles nunca fizeram nem tentaram. E a esta regra de procedimento, eles estavam precisamente obrigados a partir das palavras expressas de Sua comissão (Mateus 28:19-20)
(4) Que, considerando que o magistrado não pode nomear ou ordenar nada na religião do que Deus proibiu, nem há qualquer necessidade que ele nomeie ou ordene o que Deus já determinou e ordenou; se é certo que ele assim não pode, por meio de comando de lei tais coisas na igreja que antes não foram nem ordenadas nem proibidas, mas indiferentes, que são o campo de sua própria competência legislativa eclesiástica, então ele não tem nem poder nem autoridade sobre a religião em absoluto.

Que o amor por Cristo nos mantenha fiéis no seu serviço.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Pneumatologia "A Obra do Espírito Santo"

Livro de A.W. Pink

Lembro-me deste assunto ser abordado em um texto do Spurgeon que li. Tema importantíssimo de ser trabalhado, principalmente devido a pandemia de distorções atuais.

No ebook lido, percebo que o coração do texto está em na ideia do homem natural não ser capaz de cooperar com o Espírito uma vez que ele está “morto em delitos e pecados”, e, por dizer que as operações do Espírito no coração e na consciência de um homem não podem ser resistidas, pois isto negaria Sua onipotência e alteraria a doutrina da salvação.

Percebemos também que o E.S. age através das escrituras sagradas e é ingenuamente chamado de “um simples ato de fé” a alegação mentirosa de que, em outras palavras, o homem seja o iniciante da sua própria salvação.

Erram muito os que pensam que depois que o Espírito fez o Seu trabalho na consciência, segue que é o homem quem deve dizer se ele quer ser regenerado ou não, se ele irá crer ou não. O Espírito de Deus não espera que o pecador exerça a sua vontade para crer; Ele opera nos “eleitos” “tanto o querer como o efetuar”. (Filipenses 2:13) Portanto, Jeová declara: “Eu fui achado pelos que não me buscavam” (Isaías 65:1, citado por Paulo em Romanos 10:20). Pois “crer” em Cristo de forma salvífica é um ato sobrenatural, o efeito da graça sobrenatural.

Tudo é pelo E.S. Amém.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Podemos comemorar o Natal?

 COISAS QUE SÃO PAGÃS, MAS A GALERA QUE NÃO COMEMORA O NATAL POR SER PAGÃO FAZ SEM NENHUM PROBLEMA!


Por Zilton Alencar


O CASAMENTO


As cerimônias de casamento que são realizadas nas igrejas evangélicas, das quais participam e se submetem até os mais radicais em relação ao “paganismo natalino”, têm origem pagã! Vejamos:


1. O bolo tem origem pagã, e remonta os cultos à deusa Ártemis (a mesma deusa Diana citada em Atos 19.24ss). Os primeiros tipos de bolo eram feitos com farinha e mel e oferecidos a esta deusa como oferendas. Seria, portanto, pecado o crente comer bolo por causa da origem deste alimento!


2. O vestido branco de casamento tem origem nas vestes usadas nos sacrifícios humanos dos cultos pagãos, onde uma vítima teria que ser sacrificada aos deuses: uma virgem, que deveria usar uma roupa de cor branca que apontava para a condição de sua virgindade. Algumas igrejas mais radicais em nossos dias recusam-se a casar noivas de branco quando as mesmas notoriamente não são mais virgens, e da mesma forma viúvas, já que o vestido branco é sinal de virgindade... Isto sem falar nas superstições que existem em relação a esta vestimenta, pois até entre cristãos se observa o costume de não permitir que o noivo veja o vestido e nem a noiva vestida com ele antes da cerimônia, pois isso certamente vai trazer azar ao casamento...


3. As alianças não só têm origem pagã, como o seu uso no dedo anular da mão esquerda também é costume pagão e supersticioso: a tradição do paganismo afirma que elas devem forçosamente ser colocadas neste dedo, pois há uma veia que passa exatamente nele, e que desemboca diretamente no coração. Esta “informação” é desmentida pela anatomia.


4. O ato da noiva jogar o buquê ao término da cerimônia também é um sinal de superstição e paganismo: a moça que o pegar será a próxima a se casar. Este “costume”, embora claramente profano e supersticioso, nunca foi condenado nem abolido de nosso meio. A cada casamento cristão que formos sempre veremos um amontoado de moças, ansiando desesperadamente por alcançar o precioso “amuleto” que vai garantir noivo e casamento rapidamente.


5. A troca de cálices no brinde entre os noivos (quando ambos entrelaçam os braços ao beber o champanha ou o refrigerante) também é costume pagão, assim como o ato de o noivo dar de comer à noiva um pedaço de bolo, e vice-versa. Este costume tem suas origens nas alianças primitivas, e foi perpetuado no nosso tempo através da cultura pagã cigana.


6. O ato de se jogar arroz na saída dos noivos também faz parte da tradição pagã. Os chineses praticam esta tradição há milênios em suas cerimônias de casamento, e estão declarando ao fazê-lo: “os deuses te abençoem, jamais deixando faltar arroz em tua panela” (o arroz é a base da alimentação do povo chinês).


7. Enquanto argumenta-se que a ceia e os presentes no natal são pecado, glutonaria, consumismo (capitalismo) e paganismo, ambos são feitos nos casamentos sem qualquer constrangimento. Inclusive, listas de presentes são estrategicamente deixadas em lojas da cidade, para "obrigar" os convidados a comprar presentes caros... A Ceia de natal é pecado, mas o jantar de casamento não!


8. A ornamentação da igreja e do salão de recepções inclui muitas coisas de origem pagã (estatuetas no bolo, lembrancinhas, etc). Além disto, muitos elementos do cerimonial foram originados das cerimônias católicas (marcha nupcial, a forma da entrada de noivos e padrinhos, etc).


9. Ao se chegar em casa, ou na suíte nupcial, o noivo carrega a noiva no colo, romanticamente... Que romantismo, que nada! Este ato era um ritual romano, que simbolizava não só a "posse" da mulher pelo marido (propriedade mesmo!) mas também o fim do culto dos deuses da família da noiva, que passaria a adotar os deuses do marido...


Resumindo: quase tudo o que ocorre, o que se faz e o que se usa numa cerimônia de casamento cristã tem origens nos costumes pagãos! Porém, até as igrejas mais radicais realizam casamentos nos moldes descritos acima, sem nenhum problema, questionamento ou constrangimento ― as mesmas igrejas cujos líderes rejeitam o natal por causa de seus “elementos pagãos e mundanos”!


A MEDICINA


A Medicina é uma das ciências mais antigas desenvolvidas pelo homem. Nos registros históricos há relatos de atividade médica já na Antiga Grécia, na Civilização Egípcia, na China e outros locais.


A princípio era baseada na manipulação de ervas e tratamentos naturais, muitas vezes com fundos místicos. Deuses e entidades eram invocados para, por meio das fórmulas aplicadas, curarem as doenças.


A Bíblia menciona médicos por ocasião da morte de Jacó, quando José ordenou a seus servos médicos que embalsamassem o corpo de seu pai (Gn 50). O embalsamamento egípcio era algo ligado à cultura e à religião politeísta do país; era era preparação do corpo para a vida eterna ao lado do deuses do panteão egípcio, e era feito seguindo rituais da religião pagã egípcia.


Durante muitos anos a Igreja perseguiu os médicos, pois os mesmos além de fazerem rituais de feitiçaria, usavam cadáveres pra dissecação, numa profanação ao corpo humano, templo do Espírito Santo. Até hoje, as Universidades usam cadáveres para dissecação, negando-lhes um sepultamento cristão digno.

De origem totalmente pagã, a medicina tem como símbolo o Bordão de Esculápio, relacionado a astrologia e que representa um deus pagão egípcio, até hoje patrono da medicina.


Da mesma forma, o crente que não comemora o natal por ter origem pagã também não pode fazer uso da medicina, que também é pagã. Eles devem contar apenas com o poder da oração e da fé.


Outro detalhe pagão ligado à medicina é a FARMÁCIA, estabelecimento para onde somos imediatamente encaminhados apos a consulta médica. Este nome tem origem na palavra grega φαρμακεια (pharmakeia), que no NT é traduzida como FEITIÇARIA (Gl 5:20). Como se não bastasse se consultar com um médico (ato pagão de pacto involuntário com o diabo e demônios), quando vamos à farmácia acrescentamos pecado a pecado, pois praticamos, mesmo sem saber, o pecado da feitiçaria! Da mesma forma que demônios são adorados de forma inconsciente ao se armar uma árvore de Natal, também o são quando vamos a um médico ou farmácia, já que a origem origem de ambos é pagã.


Mais um detalhe maligno associado à medicina é a ENFERMAGEM. Quem estudar sobre as origens das enfermeiras, saberá que as primeiras "profissionais" da área foram recrutadas entre as PROSTITUTAS, o que associa inexoravelmente à prostituição e imoralidade sexual. Não é possível que alguém que se diga cristão aceite tal prática! Além disso, a enfermagem, entre os séculos V e VIII, surgiu entre os religiosos católicos como um sacerdócio. Ou seja, tem origem pagã!!


A PRÁTICA ESPORTIVA


A prática esportiva teve início remoto. Já havia monumentos de vários estilos esportivos dos antigos egípcios, babilônios e assírios com cenas de luta, jogos de bola, natação, acrobacias e danças.

Entre os egípcios, a luta corpo-a-corpo e com espadas surgiram por volta de 2.700 a.C. e eram exercícios com fins militares. Outros jogos tinham caráter religioso, relacionado a antigas religiões pagãs, de adoração a deuses.

Finalmente, chegamos à Grécia, aonde os Jogos Olímpicos foram criados. Os esportes praticados nestes jogos tinham a intenção de adorar os deuses do Olimpo! Os vencedores, eram tratados como "deuses por um dia", honrados por Zeus e pelos demais deuses do panteão!

Os esportes promovem a disputa, o instinto maligno de se provar que é superior ao outro. Isso nem de longe é uma prática cristã!

Caro irmão que não comemora o natal por ser de origem pagã, fuja de todo tipo de pratica esportiva! Futebol, vôlei, luta, jogo de peteca, tudo isso tem origem na idolatria de deuses pagãos!


UNIVERSIDADES


Você sabia que as universidades têm origem pagã? Na idade média, a Igreja Católica, em pleno domínio pelo medo, afundada em dogmas, dá inicio às primeiras Universidades, sempre tendo como objetivo inicial manter o domínio das mentes através do monopólio intelectual. Essa época coincide com a era negra da igreja cristã.


Portanto, você caro irmão evangélico, que não comemora o natal por ter origem pagã, não pode frequentar cursos universitários, pois são igualmente pagãos! A mesma Igreja Católica que deu ao mundo o São Nicolau (o papai Noel), deixou como legado as Universidades! Se um é pecado, o outro também o é!!


CURSOS TEOLÓGICOS


Se você cursou cursou teologia e não comemora o natal, por alegar que teve origem pagã, preciso te lembrar que a disciplina "HERMENÊUTICA", que se estuda tanto na teologia quanto no direito, também tem origem pagã, pois vem do "deus" Hermes, o intérprete dos "oráculos divinos".

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RESUMINDO: Que Deus nos livre de todo este paganismo! E como Mark Zurkerberg é ATEU (e alguns até dizem que é SATANISTA), aproveitemos e encerremos nossa conta do Facebook.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

UMA RESPOSTA A ED RENÉ KIVITZ

 Excelente resposta e comentário sobre o lamentável ocorrido no último domingo

Ed René Kivitz disse:

 

"Não é possível! Não é possível tratar a Bíblia como um livro que revela verdades absolutas, porque não somos seguidores de um livro. Nós somos seguidores de Jesus Cristo!" (Ed René Kivitz)


RESPOSTA:


Pelo contrário, somos seguidores de Jesus Cristo e, por isso, somos seguidores de um livro. Foi o próprio Jesus quem nos ensinou a seguir a Bíblia e a tratar a Bíblia como um livro que revela verdades absolutas. Em última análise, essa é a única razão para um cristão seguir e acreditar na Bíblia: porque Jesus mandou. Eu não sigo a Bíblia por nenhum outro motivo. Eu só creio na Bíblia porque Jesus ensinou a crer. Então, quando Ed René Kivitz diz para não seguirmos a Bíblia, o que ele está realmente pedindo é para não seguirmos Jesus.


Quando Jesus nasceu, ele nasceu de uma virgem (Mateus 1:16-25). Por quê? Porque era o que a Bíblia dizia que aconteceria (Isaías 7:14).


Quando ele nasceu, ele nasceu em Belém (Mateus 2:1). Por quê? Porque era o que a Bíblia dizia que aconteceria (Miquéias 5:2).


Jesus inaugurou seu ministério quando, aos trinta anos de idade, ele foi ungido pelo Espírito Santo em seu batismo (Lucas 3:21-22; Lucas 4:14-21; Mateus 4:17). Por quê? Porque era o que a Bíblia dizia que aconteceria (Isaías 61:1-2).


Jesus disse que para crer nele era necessário crer nos livros da Bíblia escritos por Moisés (João 5:45-47). Quando olhamos para os seus discursos, vemos que ele frequentemente citava narrativas dos livros de Moisés como histórias reais. Jesus citou as histórias da criação (Marcos 2:27; Gênesis 2:1-3), de Adão e Eva (Mateus 19:4-6; Gênesis 1:26-28; 2:7,21-24; João 8:44; Gênesis 3:1-6), de Caim e Abel (Mateus 23:35; Gênesis 4:1-16), do dilúvio (Mateus 24:37-39; Lucas 17:26-27; Gênesis 6-9), da destruição de Sodoma e Gomorra (Mateus 10:15; 11:23-24; Marcos 6:11; Lucas 10:12; 17:29), de Abraão, Isaque e Jacó (Mateus 8:11; Lucas 13:16; 19:9; João 8:39-40, 56), do encontro de Moisés com Deus na sarça (Marcos 12:26; Lucas 20:37; Êxodo 3), do maná (João 6:49; Êxodo 16), bem como a história da serpente de bronze (João 3:4; Números 21:7-9) como histórias reais e dignas de todo crédito. Quando ele foi tentado por Satanás no deserto, Deuteronômio foi o seu escudo contra a tentação (Mateus 4:4,7,10). Em uma conversa com uma mulher de Samaria, quando ela perguntou sobre a maneira correta de adorar a Deus e Jesus disse que a maneira correta era a que tinha sido ensinada por Moisés (João 4:20,21). Quando um jovem rico perguntou sobre a vida eterna, Jesus respondeu citando o livro de Êxodo (Mateus 19:16-19; Êxodo 20:12-16). Quando alguém perguntou sobre qual seria o mais importante mandamento de Deus, Jesus respondeu citando os livros de Levítico e Deuteronômio (Mateus 22:35-40; Deuteronômio 6:5; Levítico 19:18).


Jesus também estava sempre citando os livros da Bíblia que foram escritos depois de Moisés como verdadeiros e dignos de todo crédito. Ele sempre citava Davi, Salomão, Isaías, Jeremias, Zacarias, Jonas, o livro dos Salmos, etc. Por exemplo, em um dos seus discursos, Jesus falou sobre o que aconteceria no dia do juízo final com os homens de sua geração:


“A rainha do sul se levantará no juízo com os homens desta geração, e os condenará; pois até dos confins da terra veio ouvir a sabedoria de Salomão; e eis aqui está quem é maior do que Salomão.” (Lucas 11:31)


Quem era a rainha do sul? Como Jesus sabia que ela tinha saído dos confins da terra para ouvir Salomão? E por que Jesus tinha tanta certeza de que, no dia do juízo final, ela estaria entre os salvos? Porque ele cria na divina inspiração de 1 Reis e, portanto, tratava o testemunho de 1 Reis 10:1-19 como real e digno de todo crédito.


Quando Pedro queria impedir Jesus ser de crucificado, qual foi a resposta? Que ele tinha que ser crucificado porque era o que a Bíblia dizia sobre ele (Mateus 26:54).


Quais foram as últimas palavras de Jesus na cruz antes de morrer? Foram as palavras da Bíblia: "Nas tuas mãos encomendo o meu espírito"  (Salmo 31:5; Lucas 23:46).


Qual foi uma das primeiras coisas que Jesus fez depois de ressuscitar? Pregar a Bíblia para os seus discípulos (Lucas 24:27; 44-48).


Qual foi a última coisa que Jesus Cristo mandou que os doze apóstolos fizessem antes de deixar este mundo e subir para o Céu? Ele mandou que eles permanecessem em Jerusalém e esperassem a promessa da Bíblia de que haveria um derramamento do Espírito Santo (Atos 1:1-8; 2:14-21).


Então, quem segue Jesus precisa crer e seguir a Bíblia. Foi o próprio Jesus quem nos ensinou a crer na Bíblia e seguir a Bíblia. Além disso, Jesus também nos ensinou o seguinte:


"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?" (Mateus 7:15,16)


Por isso, em obediência às palavras de Jesus, acautelai-vos de Ed René Kivitz, pois ele vem até vós vestido como ovelha, mas, interiormente, é um lobo devorador."


Frank Brito

O Antigo Testamento defende casos de estupro e ensina que uma mulher estuprada deve casar-se com o estuprador?

 O Antigo Testamento defende casos de estupro e ensina que uma mulher estuprada deve casar-se com o estuprador?


O texto de Deuteronômio 22.28–29 traz a seguinte regulamentação para a nação de Israel no Antigo Testamento:


“28 Se um homem se encontrar com uma moça sem compromisso de casamento e a violentar, e eles forem descobertos, 29 ele pagará ao pai da moça cinquenta peças de prata e terá que casar-se com a moça, pois a violentou. Jamais poderá divorciar-se dela.” (Deuteronômio 22.28–29, Nova Versão Internacional)


Esse texto realmente defende estupro e ensina que uma mulher estuprada deve casar-se com o estuprador e que, portanto, precisamos atualizar e ressignificar as Escrituras para que respondam às complexidades de nossa sociedade atual? Ou dizer isso é apenas mais um truque retórico usado como pretexto para corromper e relativizar a verdade revelada nas Escrituras segundo o espírito diabólico de nossos tempos?


Os tradutores da NVI, por exemplo, entenderam que esta passagem descreve um caso de estupro, pelo uso da expressão “violentar” a partir de dois verbos no texto original (que a Almeida Fiel simplesmente traduz como “e ‘pegar’ nela, e ‘se deitar’ com ela”). Mas os versículos imediatamente anteriores sugerem que este texto não descreve, pelo menos não necessariamente, um caso de estupro, mas, sim, uma relação consentida (imoral e perversa, sim, mas consentida). Vejamos a passagem então num contexto mais amplo (na tradução da ACF):


Primeiro caso:

“25 E se algum homem no campo achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, então morrerá só o homem que se deitou com ela; 26 Porém à moça não farás nada. A moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo, e lhe tira a vida, assim é este caso. 27 Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse.


Segundo caso:

28 Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados, 29 Então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinqüenta siclos de prata; e porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.”


Notemos então o seguinte:


(1) Os versículos 25 a 27 de fato já legislam sobre um caso explícito de estupro. Inclusive, a pena para o estuprador é nada menos que a morte. Então, por que o texto bíblico trataria novamente sobre estupro nos versículos 28–29, e com punições radicalmente diferentes? Faria algum sentido, mesmo nos dias do Antigo Testamento, que um homem que estupra uma mulher casada seja punido com morte enquanto um homem que estupra uma virgem solteira deva simplesmente pagar o dote pela mulher e casar-se com ela? Não faria, porque o segundo caso é radicalmente diferente do primeiro.


(2) De fato, o primeiro caso trata explicitamente de estupro, enquanto o segundo caso trata possivelmente de uma relação consentida. No primeiro caso, “morrerá só o” estuprador, e a mulher é explicitamente reconhecida como uma vítima que “não tem culpa”, e que inclusive “gritou” por ajuda. Já o segundo caso descreve uma situação em que ambos são “apanhados”, não havendo qualquer referência à mulher como uma vítima, ou como quem não teve culpa (inclusive, sequer há uma indicação de quando e como os dois foram “apanhados”--uma testemunha viu? houve arrependimento e confissão? a mulher descobriu que estava grávida e então confessaram?).


(3) Na expressão “a forçar, e se deitar com ela” no primeiro caso, os verbos na língua original são “chazaq” e “shakab”, respectivamente. No segundo caso, a expressão “pegar nela, e se deitar com ela” traduz os verbos “taphas” e “shakab”. Reparemos que em ambos os casos, o verbo traduzido como “se deitar” é o mesmo verbo “shakab”, que se refere simplesmente ao ato sexual (seja forçado, como no primeiro caso, ou consensual, como em Levítico 15.18, por exemplo). No primeiro caso, o uso do verbo “chazaq” em conjunto com o verbo “shakab” indica que o ato sexual for forçado, como também é o caso, por exemplo, em Gênesis 34.2, onde Siquém estupra Diná, e em 2 Samuel 13:11, onde Amnom estupra Tamar. Se no segundo caso o autor do texto quisesse descrever um caso de estupro, teria naturalmente utilizado o mesmo verbo, “chazaq”, mas utiliza o verbo “taphas” (pegar, agarrar), nunca utilizado para descrever casos de estupro em outras passagens do Antigo Testamento.


(4) O sentido do segundo caso, portanto, é de uma relação sexual consentida. Reparemos, por exemplo, no texto paralelo de Êxodo 22.16, que diz que “se alguém enganar/seduzir/persuadir alguma virgem, que não for desposada, e se deitar com ela, certamente a dotará e tomará por sua mulher”. Ainda assim, o segundo caso descreve uma imoralidade, um ato de fornicação, e o homem que desonrou a mulher, segundo as leis vigentes na nação de Israel no Antigo Testamento, não podia simplesmente abandoná-la à sua própria vergonha, mas tinha obrigação moral de cuidar dela como sua esposa.


Não há em Deuteronômio 22:28–29, portanto, qualquer apologia ao estupro, e muito menos obrigação de uma mulher estuprada casar-se com o estuprador. Evidentemente, ambos os casos tratam de legislação para a nação de Israel no Antigo Testamento e não advogam, necessariamente, que debaixo da Nova Aliança os cristãos devam seguir exatamente as mesmas prescrições. Mas os princípios morais no texto, explícitos ou adjacentes, são claros, universais e imutáveis. Nada no texto é um absurdo ou um escândalo para os leitores modernos. Nenhum princípio moral precisa ser atualizado ou ressignificado para que se entenda e se aplique o texto para os nossos dias. Basta apenas um pouco de boa vontade e de boa exegese.

Fabiano Prado Lima

sábado, 30 de maio de 2020

Verdades para tempos difíceis.

1 Tessalonicenses 5:9 Porque Deus decidiu nos salvar por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, em vez de derramar sua ira sobre nós. 10 Cristo morreu por nós para que, quer estejamos despertos, quer dormindo, vivamos com ele para sempre.

Verdade 1: A ira de Deus não está nem será derramadas em nós que estamos em Cristo.  Não somos peões para Deus, somos seus filhos e quer estejamos bons ou doentes, vivos ou mortos, devemos viver para a glória de Deus com esperança no porvir.

Mateus 7:24 “Quem ouve minhas palavras e as pratica é tão sábio como a pessoa que constrói sua casa sobre uma rocha firme.

Verdade 2: Praticar a verdade de Deus sempre que a ouve e saber que nossos pés estão sobre aquele que é a rocha inabalável.

Mateus 15:14 Portanto, não façam caso deles. São guias cegos conduzindo cegos e, se um cego conduzir outro, ambos cairão numa vala”.

Verdade 3: O Senhor Jesus chama de cegos aqueles que não creem nele e desejam seu mal, mas nós seu povo, ainda que o mundo nos chame de cegos, nós somos capacitados pelo Espirito Santo e vemos pela fé  a glória de Deus através da sua santa palavra.

Efésios 2:3 Todos nós vivíamos desse modo, seguindo os desejos ardentes e as inclinações de nossa natureza humana. Éramos, por natureza, merecedores da ira, como os demais.

Verdade 4: Deus pode derramar sua ira em qualquer um e ele continua justo.

Lamentações de Jeremias 3:31 Pois o Senhor não abandona ninguém para sempre. 32 Embora traga tristeza, também mostra compaixão, por causa da grandeza de seu amor.Lamentações de Jeremias 3:33 Pois não tem prazer em afligir as pessoas, nem em lhes causar tristeza.

Verdade 5: Deus pode trazer tristeza sobre seus servos, mas isto tem um propósito eterno e justo, devemos confiar na suprema sabedoria de Deus. Vejamos por exemplo em Gênesis 50:20, o mal que fizeram a José  teve Deus ao fundo inventando para o bem de José e de muitos.

Deuteronômio 32:39 Vejam agora que eu sou o único; não há outro deus além de mim! Causo a morte e dou a vida, causo a ferida e faço sarar; ninguém pode escapar de minha mão poderosa!

Verdade 6: Não é bíblico tirar Deus do trono, ele é soberano e sua soberania nos levará  ao final, para a paz da nova vida em Cristo.

Romanos 8:32 Se ele não poupou nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, acaso não nos dará todas as outras coisas?

Verdade 7: Deus veio ao mundo e sofreu. Sua bondade já foi provada. Creia e arrependa-se. Viva pra ele, morra para ele. Todos estamos em um mundo mal. Nosso espantodeve ser a sua maravilhosa graça e não o mal do mundo. O que deveria nos espantar é que fomos salvos e não destruídos. Afinal somos tão maus quanto qualquer outro. E pelo motivo do mundo ser mal, devemos fazer o bem e sermos bons em meio as tragedias. Nao se engane, nao teremos um paraíso nesta terra feito por político algum. A esperança dos cristãos sempre foi unicamente Jesus Cristo. Em nome de um mundo melhor, muitos fizeram promessas e horríveis crimes, se alegando na utopia imaginada, prometiam regimes tão bons que as pessoas nem precisariam ser boas, pois o sistema traria a paz. Ilusão! Neste mundo de aflições  não devemos pensar e ilusões imaginadas, mas na realidade, e como agentes de Deus, fazer as boas obras. Não para sermos salvos, mas por ja o sermos.

Em Cristo, Ricardo Bruno.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Cristologia

Cristo, Totalmente Desejável

Por John Flavel

“Sim, Ele é totalmente desejável.” (Cânticos 5:16)

Com amor sacrificial o Senhor Jesus nos fez seu povo, e segundo o John Flavel, o pecado faz cegueira no homem, e perdemos a visão da beleza em Cristo, isto porque o deus deste mundo tem cegado o nosso entendimento. Que alerta! Me estremeço com dor no coração ao perceber que o engano cega a tal ponto de desejarmos mais intensamente aquilo que está longe de Deus.
Este mundo enganador, não merece a milésima parte do amor que nos o damos! Que alegria ao receber essa exortação! Nosso salvador é grande em poder e misericórdia e nos chama ao arrependimento!
Algumas palavras do John Flavel foram fortes e me tocaram! Ele implora que nós coloquemos as nossas almas neste desejável Jesus que ate o pior coração ele converte e deixemos tudo permanecer fora dando preferência a Cristo! Sejamos todos nós humilhados pela corrupção de nossos corações que são tão ávidos em suas afeições por vaidades e trivialidades e tão resistentes em serem persuadidos a amar a Cristo. Quando ele fala sobre como devemos amar, vemos uma bela instrução! Não estime nada desejável exceto enquanto isto é deleitável em Cristo, ou utilizado por causa de Cristo. Não ame nada por si mesmo, não ame nada separado de Jesus Cristo.
Partes importantes do texto também nos incentiva a apresentar a cristo ao mundo por nosso comportamento pois nosso Amado é melhor do que qual-quer outro amado. Abandonar tudo o que é desejável sobre a terra, e o chamado Cristão, de forma que possamos estar com o totalmente desejável Senhor Jesus Cristo no Céu. Certamente vale a pena sofrer muito mais do que sofremos para estar com nosso amado Senhor.
O que nos consola é que quanto mais frequente e espiritual forem nossas comunicações e comunhão com Cristo, mais da beleza e amabilidade de Cristo será impressa em nossos espíritos, transformando-nos em Sua imagem, de glória em glória.
Amém.